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A melhor solução de médio e longo prazo, segundo o gerente do Projeto Meros do Brasil, é a conscientização tanto de consumidores como de gestores públicos. Segundo ele, a adoção de novos hábitos pela população será um indicativo da capacidade das sociedades no enfrentamento da questão dos resíduos e da preservação ambiental.

"É preciso respeitar as legislações, não pescar espécies ameaçadas de extinção. Educar o consumidor para sempre procurar saber o que está consumindo. Saber se o peixe que está sendo servido em um restaurante tem sua comercialização proibida, tem período de defeso ou se vem da pesca predatória. E cuidar dos resíduos desde o momento em que se compra os produtos. Se você tem dois produtos similares, opte por aquele que usa menos embalagem. O consumidor tem um poder grande de forçar mudanças na indústria em médio e longo prazo".

Segundo ele, o mundo, inclusive o Brasil, já possui soluções para quase todas as questões relacionadas com embalagem. "A indústria só não recorre a elas porque é mais caro, ou porque falta interesse e o mercado continua consumindo com as embalagens desnecessárias. Mas já tem, por exemplo, mercado embalando vegetais e legumes com folha de bananeira. Um caso clássico é a pasta de dente. Para quê tem uma caixa de papelão protegendo o tubo da pasta de dente? Para quê embalar frutas com várias camadas de isopor e plástico, se a casca já é uma embalagem natural que garante a durabilidade do alimento?", questiona.

Do ponto de vista da gestão do lixo, ele afirma que o Poder Público deve ser cobrado para ampliar o saneamento básico.Hoje, diversas cidades brasileiras ainda jogam todo o esgoto sem tratamento nos oceanos. Ele lembra que o lixo pode gerar dinheiro, através da reciclagem, e mesmo os resíduos orgânicos podem ser usados na produção de biogás, por exemplo. "Pode parecer que o oceano, por ser tão grande, quase infinito, tem a capacidade de reciclar ou de sumir com as coisas. E não é bem assim", alerta Jonas.