Boias não impedem o avanço do óleo

Atualidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

As barreiras de contenção instaladas em parte do litoral do Nordeste brasileiro para tentar conter o avanço da mancha de óleo de origem desconhecida que atingiu várias localidades dos nove estados da região não são eficazes para este fim. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, e a consultora ambiental da Petrobras Margareth Bilhalva, as boias cedidas pela empresa não são adequadas para evitar que o produto continue se espalhando e poluindo a região costeira.

"Importante frisar que esse óleo [que atingiu o Nordeste] é muito diferente do que é produzido no país. As nossas barreiras existem para proteção em caso de acidente com óleo nacional, que tem característica muito diversa [das propriedades] deste que está sendo encontrado, que é muito pesado e não [se espalha] sobre a superfície, mas sim sob a superfície", afirmou Margareth durante audiência pública realizada nesta terça (22) pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Segundo Bim, até segunda (21) mais de 900 toneladas de material contaminado já tinham sido recolhidas ao longo do litoral de Alagoas, da Bahia, do Ceará, do Maranhão, da Paraíba, de Pernambuco, do Piauí, do Rio Grande do Norte e de Sergipe. Para Bim, seria precipitado afirmar que o problema está controlado ou mesmo que o material contaminante está perto do fim.