MPF denuncia quadrilha que agia contra a Receita

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O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 25 integrantes de organização criminosa formada por auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal (RFB), além de pessoas próximas a eles. A organização tinha por finalidade a prática de diversos crimes, dentre eles os de corrupção, contra a ordem tributária e a lavagem dos recursos financeiros auferidos desses delitos.

A denúncia é desdobramento da Operação "Armadeira", deflagrada no começo de outubro, e das investigações realizadas pelo Ministério Público Federal, Polícia Federal e Receita Federal quando foi possível realizar o mapeamento da organização criminosa instalada no bojo da RFB.

Os denunciados são: Marcial Souza, Marco Aurélio Canal, Rildo da Silva, Alberto Zile, Alexandre Ferrari, Mônica Souza, Leônidas Quaresma, Elizeu Marinho, Narciso Gonçalves, Fernando de Oliveira, José Carlos Lavouras, Daniel Gentil, Sueli Gentil, Fábio dos Santos Cury, Glycério Depra, Marcus Mota, João Batista da Silva, Adriana Canal, Leonardo Paciello, Eluiza Silva, Márcio de Mello Mattos, Pedro Guimarães, Ana Tabet, João Paulo Ferreira e Sebastião Messias.

"A presente denúncia versa, assim, sobre parcela dos crimes contra a ordem tributária, de corrupção e de inserção de dados falsos em sistema de informações praticados por auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal que exigiam vantagens indevidas de contribuintes, em flagrante descumprimento do dever funcional, além do crime de pertinência à organização criminosa. Também são objeto da presente denúncia parte dos crimes de lavagem de dinheiro praticados por alguns membros da organização criminosa para ocultar os valores ilicitamente auferidos, mediante a utilização de interpostas pessoas físicas e jurídicas em uma complexa teia de relacionamentos que demonstra o nível de profissionalismo usado pelos denunciados. Oportuno dizer que a peça acusatória não esgota todos os crimes praticados pela organização criminosa, que serão objeto de novas denúncias autônomas, inclusive quanto a eventuais crimes de corrupção e de lavagem praticados", explicam os procuradores da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro.