Em mais um dia tenso, dólar volta a subir e fecha a R$ 4,25

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Apesar da atuação do Banco Central (BC), o dólar voltou a subir e a fechou na quarta-feira (27) em nível recorde. A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 4,259, com alta de R$ 0,019 (0,44%). Essa é a maior cotação de fechamento desde a criação do real em valores nominais, sem considerar a inflação.

O mercado de câmbio teve um dia tenso. No início da tarde, o dólar encostou em R$ 4,27, o que levou o BC a fazer um leilão de venda direta de dólares das reservas internacionais. A autoridade monetária não divulgou o quanto foi vendido, apenas que o leilão envolvia a venda de pelo menos US$ 1 bilhão.

Com o resultado de quarta, o dólar acumula alta de 6,22% em novembro. Nas últimas semanas, o dólar tem subido em meio a questões políticas no Brasil e à continuidade das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Ibovespa - No mercado de ações, o dia foi marcado por uma discreta recuperação. O índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou esta quarta-feira (27) aos 107.952 pontos, com alta de 0,83%.

O indicador interrompeu uma sequência de dois dias seguidos de queda.

Juros do cartão - Os juros do rotativo do cartão de crédito subiram em outubro, enquanto outras modalidades de crédito para as famílias apresentaram retração, de acordo com dados divulgados, quarta-feira (27), pelo Banco Central (BC).

A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 9,4 pontos percentuais em relação a setembro, chegando a 317,2% ao ano. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes.

No caso do cliente adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 285,4% ao ano em outubro, queda de 4,8 pontos percentuais em relação a setembro. Já a taxa cobrada dos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) os juros subiram 18,5 pontos percentuais, indo para 338% ao ano.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, destacou que o rotativo do cartão deve ser evitado. "É uma modalidade para recursos emergenciais quando o planejamento financeiro não deu certo ou deve surpresa desfavorável e deve se buscar sair dela o mais rapidamente possível", disse.

Ele explicou que os juros do rotativo subiram porque um banco e uma financeira elevaram as taxas, em outubro, o que elevou a média.