Firjan apresenta a Bolsonaro estudo para investimentos no Rio

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Empresários da Firjan entregaram ao presidente Jair Bolsonaro, na tarde de quinta-feira (28), em Brasília, estudo que destaca a necessidade de R$ 40,4 bilhões em investimentos em infraestrutura, para que o estado do Rio de Janeiro retome uma rota de desenvolvimento socioeconômico. Pela manhã, os 36 industriais de todo o estado se encontraram com parlamentares, para os quais apresentaram lista de pleitos específicos de suas regiões.

O documento "Mais Rio, mais Brasil" — que aponta as áreas de saneamento, educação, habitação, mobilidade urbana e segurança pública como prioritárias para o estado — foi recebido por Bolsonaro e pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, no Palácio do Planalto.

"O Rio de Janeiro precisa melhorar sua infraestrutura para que seu ambiente de negócios volte a ser mais atraente para investidores. Assim, teremos mais emprego e renda para os fluminenses. O bem-estar da população está atrelado também ao desenvolvimento do estado. O governo federal precisa participar dessa retomada", afirmou o presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, integrante do grupo que se encontrou com Bolsonaro.

Principais pontos - O estudo considera um horizonte de 2019 a 2026 para os seguintes investimentos: universalização do saneamento básico em toda a Região Metropolitana (R$ 15,1 bilhões); extensão da Linha 2 do Metrô (Estácio-Praça XV), criação da Linha 3 (Niterói-São Gonçalo), finalização da estação da Gávea e ampliação da Linha Vermelha e da Via Light (R$ 11,4 bilhões); abertura de 213 mil vagas em creche e pré-escola (R$ 1,8 bilhão); criação de 114 mil habitações (R$ 10,9 bilhões); e abertura de 14 mil vagas em quatro novas unidades prisionais (R$ 1,2 bilhão).

"É fundamental a Firjan promover encontros como este, trazendo a voz do empresariado fluminense até a Presidência da República. A federação conhece a realidade do estado do Rio e as dificuldades das empresas", observou Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan Leste Fluminense e do Sindisal.

Também integrante do grupo, Sérgio Yamagata, presidente do Sindicem, acrescentou: "A federação deu um passo muito importante para aproximar das esferas políticas os pleitos do estado. Se nada for feito, sabemos as consequências negativas", analisou.

Recuperação Fiscal - A Firjan ressalta que, como o estado precisa cumprir as medidas do Regime de Recuperação Fiscal, a previsão é que o total de investimentos do governo estadual alcance R$ 18,5 bilhões numa projeção até 2026, volume bem abaixo do necessário. Logo, é fundamental investimento direto do governo federal no Rio. O estudo calcula serem necessários R$ 22 bilhões de aporte da União no estado.

O empresariado fluminense, através da Firjan, apresentou propostas a serem implementadas para garantir que a expectativa de desenvolvimento se torne realidade. Um dos exemplos é a dragagem do Canal de São Lourenço, pois a baixa profundidade do canal prejudica o tráfego de embarcações de maior porte, prejudicando a competitividade da região com vocação naval. Na segurança pública, o pleito é a redução do roubo de carga. O Rio de Janeiro é o estado com maior índice de roubo de carga do país. Apesar da recente melhora dos indicadores, um caminhão é roubado por hora no Rio de Janeiro. E, por fim, na indústria naval, melhorias no Porto do Forno, em Arraial do Cabo. O terminal é de grande importância para a região leste do estado e ainda opera precariamente.

Prioridades - Os empresários também se encontraram com o senador Arolde Oliveira e os deputados federais Christino Áureo (PP), Gurgel (PSL) e Vinicius Farah (MDB). Líderes empresariais de todas as regiões fluminenses apresentaram aos parlamentares os pleitos prioritários para acelerar o desenvolvimento de seus municípios. Arolde afirmou que vai apresentar as questões apontadas pelos empresários para os ministérios da Infraestrutura e de Minas e Energia. Gurgel manifestou apoio às reivindicações e se colocou como defensor da redução de impostos. Já Farah destacou a importância da Firjan na nova política, com atuação que encurta os caminhos do desenvolvimento.