EPIs para profissionais de saúde ao alcance da mão

Enade avalia 86% das graduações da UFF com 'muito bom' e 'ótimo' - Foto: Arquivi/Evelen Gouvêa

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Alunos de diferentes cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF) criaram o aplicativo EPI Solidário, para smartphones, que já está disponível nas lojas Apple. O objetivo é conectar profissionais que estão necessitando de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), trabalham na linha de frente de combate ao novo coronavírus e não estão encontrando esse material no mercado, com outras pessoas ou empresas que produzam equipamentos e queiram doar. O criador do aplicativo é Eduardo de Oliveira Camara, formado em ciência da computação e, atualmente, aluno de medicina da UFF.

O professor do Instituto de Computação da UFF responsável pelo projeto, Flávio Luiz Seixas, disse à Agência Brasil que o aplicativo aproxima o doador do receptor. "Ele vai ao aplicativo e vê se tem o registro de alguém que tem EPI para fazer alguma doação solidária. O mecanismo dele é esse". As pessoas não pagam nada para ter acesso ao aplicativo, nem para receber as doações. Daí o nome EPI Solidário, afirmou Seixas. "O aplicativo pode facilitar esse intercâmbio de informação".

O aplicativo foi disponibilizado em versão de testes numa plataforma da Microsoft (appcenter.ms), que permite fazer seu download para dispositivos Android. Para isso, basta a pessoa interessada fazer um cadastro e registrar uma senha. O primeiro contato é por e-mail. "Assim, a pessoa já está apta a usar o aplicativo". O APP Center é uma plataforma de anúncio de aplicativos.

Flávio Seixas disse que os alunos da equipe já estão com ideia de implementar novas funcionalidades para o aplicativo, como identificar a localização do usuário e mandar informação de que há uma pessoa próxima querendo doar. "Há particularidades que a gente vai implementar nos próximos ciclos evolutivos. A ideia é ter ciclos evolutivos constantes a partir de agora, "muitos alimentados pelo que os usuários vão comentar com a gente", completou o professor.

Eduardo Camara acredita que o aplicativo também poderia vir a servir, por exemplo, como facilitador para outros equipamentos, incluindo aparelhos produzidos por iniciativa das universidades, como face shield (protetor facial) e respiradores.