Floyd: policiais envolvidos têm acusação agravada

Em Londres, manifestantes marcharam e cantaram "Black Lives Matter" - Foto: Reprodução / GloboNews

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Os policiais envolvidos na morte do segurança George Floyd, em Minnesota, nos Estados Unidos, terão as acusações agravadas. Derek Chauvin, o ex-policial que manteve o joelho sobre o pescoço da vítima durante oito minutos, agora é acusado de homicídio em segundo grau, ou seja, assassinato intencional não premeditado, quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vítima. Na quarta-feira (3), os protestos pela morte de George Floyd entraram no nono dia, com atos em vários países.

A acusação de Derek foi feita pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison. O ex-policial havia sido preso por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e assassinato em terceiro grau, quando o autor da morte atua de forma irresponsável. No entanto, a família da vítima pediu o agravamento da acusação.

Os outros três policiais envolvidos no caso - Benjamin Crump. Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao - serão detidos e foram acusados de ajudar e favorecer o homicídio.

Protestos - Por conta de atos mais pacíficos na terça-feira, o toque de recolher em Washington passou de 19h para 23h. A polícia prendeu 19 pessoas na cidade na terça, enquanto no dia anterior 288 prisões haviam sido realizadas. Manifestações continuam ocorrendo em cerca de 140 cidades americanas.

Outros países também continuam promovendo atos contra o racismo e a morte de Floyd, entre eles a África do Sul, Islândia e Suécia. Em Atenas, na Grécia, manifestantes atearam fogo em objetos perto da embaixada dos Estados Unidos.

O Hyde Park, em Londres, no Reino Unido, foi o ponto de encontro de milhares de pessoas, que vestiam preto, em sua maioria. Os manifestantes cantaram "Black Lives Matter", que significa "vidas negras importam". O ato contou com a presença do ator John Boyega, que participou da saga Star Wars. Ele fez um discurso contra o racismo.

Em frente à residência do primeiro-ministro Boris Johnson, manifestantes entraram em conflito com policiais.

Na cidade de Roterdã, na Holanda, também houve protesto. Manifestantes entraram em confronto com a polícia, que pediu para que voltassem para casa para cumprir o distanciamento social.

Papa - O papa Francisco quebrou seu silêncio nesta quarta sobre os protestos nos Estados Unidos, dizendo que ninguém pode "fechar os olhos ao racismo e à exclusão", ao mesmo tempo em que condenou a violência como "autodestrutiva e derrotista".

Francisco chamou a morte de Floyd de trágica e disse estar orando por ele e por todos que foram mortos como resultado do "pecado do racismo".