STF dá mais 30 dias para inquérito contra Bolsonaro

ministro Celso de Mello - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prorrogação, por mais 30 dias, do inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal e o crime de denunciação caluniosa por parte do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

A decisão do ministro foi assinada no dia 4 de junho e divulgada na segunda-feira. Na semana passada, a delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado, pediu mais 30 dias para concluir a investigação criminal.

Diante do pedido, o ministro, que é relator do inquérito, pediu a manifestação do procurador-geral Augusto Aras, antes de autorizar o prosseguimento das investigações. No parecer enviado ao Supremo, Aras concordou com a prorrogação.

Toffoli faz alerta - O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, alertou que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro causam dubiedade e tem assustado a sociedade brasileira. Toffoli pediu trégua entre os poderes para o combate à pandemia.

"Não é mais possível atitudes dúbias. Eu tenho certeza que o presidente Jair Bolsonaro, em todo o relacionamento harmonioso que tenho com sua excelência, como tenho com seu governo e com o vice-presidente Hamilton Mourão, eles juraram defender a Constituição e são democratas, chegaram ao poder pela democracia e pelo voto popular, merecem o nosso respeito. Mas algumas atitudes têm trazido uma certa dubiedade, e essa dubiedade impressiona e assusta a sociedade brasileira. E hoje não mais só a sociedade, também a comunidade internacional das nações, também a economia internacional", afirmou.

Toffoli fez a declaração durante uma live da Associação dos Magistrados Brasileiros. Antes, ele aproveitou uma videoconferência no canal do YouTube do Conselho Nacional de Justiça para elogiar a "prudência" e a "parcimônia" com que o procurador-geral da República, Augusto Aras, tem exercido o cargo.

Toffoli disse que Aras "tem sido uma pessoa que, nesse momento pelo qual o país passa, tem tido muita prudência, tem atuado com muita parcimônia, tem atuado do ponto de vista a não trazer problemas".