Um Sete de Setembro sem desfile militar em Brasília

Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada no Rolls Royce da Presidência da República e cumprimentou apoiadores - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Sem desfile militar por causa da pandemia de covid-19, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou populares numa cerimônia de cerca de meia hora no gramado do Palácio da Alvorada para celebrar o Dia da Independência. Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, do vice-presidente Hamilton Mourão, de ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, o presidente assistiu ao hasteamento da bandeira e a manobras de sete aviões da Esquadrilha da Fumaça.

Pouco antes das 10h, Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada no Rolls Royce presidencial acompanhado de um grupo de crianças. Depois de percorrer 400 metros até a Praça das Bandeiras, ele se dirigiu ao alambrado e cumprimentou apoiadores. Logo depois de o presidente se posicionar diante da bandeira, a Esquadrilha da Fumaça escreveu no céu a palavra "Brasil", marcando o início da cerimônia de hasteamento, que ocorreu sob o som do Hino Nacional, executado pela Banda do Batalhão da Guarda Presidencial.

Em seguida, a banda tocou o Hino da Independência, para marcar a celebração do Sete de Setembro. Por volta das 10h15, a Esquadrilha da Fumaça voltou a executar uma série de acrobacias sobre o Palácio da Alvorada.

Grito dos Excluídos - A 26ª edição do Grito dos Excluídos reuniu, na manhã de ontem (7), representantes de partidos de oposição e de movimentos indígenas, negros, feministas e LGBT no centro de Brasília. O tema desta edição foi Basta de Miséria, Preconceito e Repressão! Queremos Trabalho, Terra, Teto e Participação.

Os manifestantes fizeram um ato cênico às 9h no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, entre o Teatro Nacional e o Museu da República. A performance durou cerca de uma hora.

Durante o ato, os manifestantes inflaram um boneco do presidente Jair Bolsonaro. Um grupo de mulheres tinha as mãos cobertas de tinta vermelha para denunciar a violência de gênero. Outro grupo usava máscaras de ratos em protestos contra a corrupção e o que consideram tentativas de rasgar a Constituição. Um jovem interpretou um Cristo negro, cravejado de balas, para denunciar a violência urbana.

Logo depois que o Grito dos Excluídos encerrou o ato, e os manifestantes se dispersaram, por volta das 10h, um pequeno grupo de apoiadores de Bolsonaro concentrou-se em frente ao Museu Nacional da República. De lá, marcharam até a Praça dos Três Poderes. Pouco antes da Catedral de Brasília, a Polícia Militar revistou os manifestantes, orientando para o uso de máscaras e confiscando suportes de madeira e de metal usado em faixas e bandeiras.n