Paulo Guedes vê 'economia voltando para os trilhos'

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A criação de empregos formais no melhor nível para meses de agosto desde 2010 representa um sinal de que a economia brasileira está "voltando para os trilhos" depois da pior fase da pandemia de covid-19, disse ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Ele participou de surpresa da entrevista coletiva para explicar o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, que registrou a abertura de 249.388 postos com carteira assinada.

Para o ministro, o fato de todos os setores da economia terem gerado empregos no mês passado mostra que a recuperação econômica está se disseminando. "Estamos anunciando a maior geração de emprego [para meses de agosto] desde agosto de 2010", comemorou.

Guedes reafirmou previsões apresentadas nos últimos meses pelo governo que indicavam que o Brasil se sairia melhor que outros países no pós-pandemia. "Havíamos dito que esperávamos recuperação em 'V'. É isso que está acontecendo", acrescentou. "Dissemos que íamos surpreender o mundo."

O ministro comentou o resultado da indústria que, nos últimos dois meses, tem puxado a criação de empregos. "Vamos reindustrializar o Brasil", afirmou. "Estamos voltando para os trilhos."

Caged - Pelo segundo mês seguido, o país criou empregos formais. Segundo dados divulgados pelo Caged, da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 249.388 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.

Esse foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2011, quando haviam sido abertas 190.446 vagas formais. No acumulado do ano, no entanto, o mercado de trabalho continua sentindo o impacto da pandemia. De janeiro a agosto, foram fechadas 849.387 vagas, o pior resultado para os oito primeiros meses do ano desde o início da série histórica, em 2010.

Niterói - Depois de cinco meses contabilizando mais demissões que contratações, o município de Niterói, na Região Metropolitana, fechou o mês de agosto com 477 admissões. O retorno ao saldo positivo, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), é algo que não acontecia desde o início da pandemia de covid-19 e consequente adoção de medidas restritivas. A indústria foi o setor que mais voltou a contratar, 291 no total, seguida do comércio, com 86; serviços, com 61; e construção civil, com 37 contratações. Apesar da boa notícia o saldo anual ainda não é positivo por conta do grande número de demissões.