Centro do Rio pode ter trem para passageiros até Campos

A questão da mobilidade urbana foi discutido durante o Fórum Técnico de Transporte realizado em Magé - Foto: Douglas Macedo

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O Rio de Janeiro pode ganhar uma rota de trem elétrico de passageiros e de carga entre o Centro do Rio e Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. O anúncio foi feito na manhã de ontem pelo Secretário Estadual de Transportes do Rio, Delmo Pinho, durante o Fórum Técnico de Transporte do Conleste, realizado em Magé. Além de representantes dos municípios do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste), participou o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão.

De acordo com Pinho, a medida faz parte do Plano Estratégico de Logística e Cargas (Pelc) do Rio de Janeiro. A ideia é que o trem de carga saia de Queimados, na Baixada Fluminense, onde será feito uma área de transbordo da carga do trem para o caminhão. Já o trem de passageiros sairá de uma estação, que está abandonada, próximo à Rodoviária Novo Rio e seguirá até Campos dos Goytacazes.

"A linha passará por Magé, Macaé, Silva Jardim e outros para chegar até Campos. O governo de Brasília também gostou do projeto. A vantagem é que, além das melhorias, vamos conseguir trazer o trem do subúrbio até Magé. Esperamos que a licitação saia até o fim do ano que vem", adiantou, completando que o futuro do desenvolvimento dos transportes está nos trens e no metrô.

Um dos temas mais debatidos durante o fórum foi a situação precária de obras interrompidas da rodovia federal BR-493, entre Manilha e Magé, que faz parte do Arco Metropolitano do Rio e deveria ter sido duplicada. Por conta disso, a via se tornou uma estrada sem sinalização, com muitos buracos e viadutos inacabados no meio do caminho, além da falta de iluminação. O prefeito de Magé, Rafael Tubarão, ressaltou a necessidade de melhorias na estrada para evitar mais acidentes.

"Vivemos na expectativa de Magé ser um pólo econômico, de ter a obra do entroncamento entre a BR-493 e a RJ-116 finalizada para melhorar a logística e terminar a obra do Arco Metropolitano, que deixou esta região para o final, e está morrendo pessoas. Magé precisa deixar de ser uma cidade dormitório. O desenvolvimento do município acontecerá através do investimento no transporte", afirmou, pedindo que o projeto de instalar uma barca em Magé saia do papel.

Sobre a questão, Delmo Pinho lembrou que a BR-493 está inserida no primeiro grupo de rodovias federais que serão passadas para concessão de empresas privadas no ano que vem, recebendo melhorias de infraestrutura como sinalização e iluminação, além de cobranças de pedágios, para manter os investimentos. O secretário adiantou que a cobrança deve passar de tarifa fixa para tarifa por quilometragem rodada.

Além de Delmo Pinho, Secretário de Transportes, Lucas Tristão, Secretário de Desenvolvimento Econômico e Emprego e Relações Internacionais e o Prefeito de Magé, Rafael Tubarão, participaram do fórum o Prefeito de Itaboraí e presidente do Conleste, Sadinoel Souza, o Diretor Geral do Conleste, João Leal e o Diretor de Desenvolvimento Econômico da Companhia de Desenvolvimento de Maricá, Carlos Guimarães.

Também estavam presentes o Deputado Estadual Vandro Família e o Presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Alexandre Bernardes, além de Secretários Municipais de Transporte e de Desenvolvimento Econômico dos municípios do Conleste.

Linha 3 do Metrô ainda em estudo

A construção da linha 3 do metrô, que ligará o Centro de Niterói até o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, e voltou a ser prometida pelo Governador do Rio, Wilson Witzel, em julho, ainda segue em pauta. Na ocasião, Witzel afirmou que o governo vai focar nos estudos que vão possibilitar a construção da linha 3 do metrô neste segundo semestre.

Durante o Fórum Técnico de Transporte do Conleste, em Magé, o Secretário Estadual de Transportes do Rio, Delmo Pinho, e o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Emprego e Relações Internacionais, Lucas Tristão, afirmaram que os estudos para a retomada do projeto seguem sendo analisados.

"A orientação do governador é repensar como viabilizar o empreendimento a partir da situação fiscal do Estado e do País. O projeto de fato é muito importante, e tem que ser implementado. É preciso um estudo/projeto bem feito, o que até o momento não temos", finalizou Pinho.