MPRJ e Polícia Civil descobrem cemitério clandestino da milícia

Vítimas da covid-19 poderão ser enterradas em caixões com visor - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Cidades
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em conjunto com a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), deflagrou nesta quinta-feira (22/08) operação para identificar um cemitério clandestino utilizado por milicianos no bairro Parque Sarandi, em Queimados. De acordo com as investigações, iniciadas após uma denúncia anônima, o local era utilizado por milicianos do grupo “Caçadores de Gansos”, que atua na região, para ocultar corpos de vítimas.

Em julho deste ano, o GAECO/MPRJ, em conjunto com as Delegacias de Homicídio da Baixada Fluminense e da Capital e com o Serviço de Inteligência da Polícia Militar, deflagrou em Queimados a operação “Hunter”, que prendeu o vereador e ex-secretário de Defesa Civil do município, Davi Brasil Caetano, acusado de liderar o grupo, e outros integrantes do bando. De acordo com as investigações, o grupo atuava em três diferentes localidades do município que fazem parte do projeto “Minha Casa, Minha Vida” - Condomínio Valdariosa, Condomínio Ulysses Guimarães e Condomínio Eldorado – subjugando a população local através da constituição de uma milícia privada.

Além disso, os “Caçadores de Gansos” também mantinham uma página em rede social, administrada por alguns dos denunciados, onde anunciavam, previamente, quem seriam as suas próximas vítimas. As quatro ossadas encontradas no local nesta quinta-feira foram levadas para o Instituto Médico Legal para identificação e posterior perícia. A Polícia Civil e o MPRJ irão investigar os homicídios.