Caso Ághata: laudo do ICCE inviabiliza confronto balístico

A menina Ágatha foi atingida por um único fragmento de bala no Alemão - Foto: Divulgação

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A Delegacia de Homicídios (DH) da Capital informou nesta quarta (25) que o Laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) aponta que o fragmento de projetil retirado do corpo da menina Ághata Félix, de 8 anos, é compatível com o de fuzil, mas não há como determinar o calibre nominal, número e direcionamento das raias, bem como microvestígios de valor criminalístico, o que inviabiliza exame microcomparativo (confronto balístico). O laudo do Instituto Médico Legal concluiu que Ághata levou um tiro nas costas. A menina foi morta na última sexta-feira (20), no Complexo do Alemão. A causa da morte foram lacerações do fígado, rim direito e vasos do abdômen, provocadas por esse tiro.

A delegacia especializada já tomou o depoimento de 20 pessoas no inquérito que apura a morte de Ághata Félix, 8 anos. Foram ouvidos 11 policiais militares (8 da guarnição da UPP da Fazendinha de plantão no momento do fato, um sargento da supervisão e dois PMs da UPP de Nova Brasília que auxiliaram no socorro); o pai, a mãe, um tio e uma tia de menina; o motorista e o proprietário da Kombi onde ela estava; e outras três testemunhas. Nesta quarta-feira (25), foram ouvidos os parentes e três testemunhas que estavam no local onde houve os disparos.

No total, foram apreendidas sete armas, três delas (fuzis) usadas na ocasião do crime, segundo os PMs. São cinco fuzis e duas pistolas. Todas as armas serão periciadas. Estão sendo feitos testes de eficiência, que determinarão se as armas estão funcionando.

A reprodução simulada do caso está marcada para a próxima terça-feira (1º), em horário aproximado do fato.

Na tarde desta quarta, familiares da menina estiveram na sede da OAB-RJ, onde foram recebidos pelo presidente Luciano Bandeira. A mãe, Vanessa Sales Félix, o pai, Adegilson Lima, e a tia Danielle Félix estiveram na Ordem após prestarem depoimento na DH.

A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB, que está assistindo a família desde o IML, acompanhou os depoimentos à Polícia.

"Caso alguma testemunha se sinta intimidada, vamos dar toda assistência", afirmou Rodrigo Mondego, membro da comissão.