Conselho tem carro roubado ao apurar denúncia de insegurança

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Representantes do Conselho Municipal de Saúde de Niterói tiveram o carro roubado dentro do estacionamento do Hospital Orêncio de Freitas, localizado no Barreto, Zona Norte da Cidade, nesta terça-feira (24). O crime aconteceu quando o vereador Paulo Eduardo Gomes (Psol) e outros integrantes do conselho foram verificar denúncias de roubos na unidade.

Uma das representantes do conselho estacionou o veículo, um Renault Logan branco, nas dependências do Orêncio de Freitas, por volta das 10h. A mulher estava acompanhada do vereador Paulo Eduardo Gomes e de um outro membro do conselho para participar de uma reunião na unidade de saúde.

Após a visita, ao retornarem para o estacionamento, por volta das 15h, o veículo não estava mais lá. Junto com o carro, os criminosos levaram dois cordões de ouro, uma cafeteira elétrica e um carregador de celular. Além disso, dentro do veículo também estavam duas sacolas de livros e panfletos, uma mochila, roupas e sapatos do vereador. De acordo com as vítimas, não há câmeras de segurança no local e nem portão, que está quebrado e caído na entrada da unidade. O caso foi registrado na 78ª DP (Fonseca).

Clima de medo - Segundo Paulo Eduardo Gomes, o motivo da reunião era a insegurança patrimonial vivida na unidade. A própria direção do hospital enviou ofícios denunciando os recorrentes roubos de equipamentos e de bens dos pacientes que aconteceram nos últimos meses.

No documento, enviado no dia 16 de setembro, a direção do Orêncio alega que não há vigilante ou guarda municipal para zelar pela segurança dos pacientes e funcionários desde 2009. Vários ofícios foram enviados para as secretarias de Saúde e Ordem Pública, em 2009, 2011, 2013, 2014 e 2018, relatando a situação e solicitando a presença de dois guardas. No entanto, segundo o hospital, esses pedidos nunca foram atendidos.

"É notório que desde então observamos um crescente aumento da violência, que se faz presente não só no ambiente hospitalar, como no entorno, onde muitas vezes ocorrem, inclusive, assaltos à mão armada", cita o documento.

A direção ainda relata que funcionários do Orêncio de Freitas sofrem ameaças de morte constantemente. "É impossível trabalhar neste ambiente de total insegurança", diz outro trecho do ofício.

A prefeitura de Niterói não se pronunciou sobre o caso.