Passageiros enfrentam goteiras e atrasos nas barcas

Bancos e piso ficaram molhados por causa das goteiras - Foto: Divulgação

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Usuários das barcas têm enfrentado transtornos para fazer a travessia entre Niterói e o Rio de Janeiro. Com a chuva dos últimos dias, nem mesmo dentro das embarcações os passageiros estão protegidos, tendo que enfrentar goteiras. Além disso, nesta quinta-feira (10), uma avaria verificada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários,Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) causou atrasos de até 20 minutos no trajeto Charitas x Praça XV.

De acordo com a Agência, um problema técnico, não especificado, foi detectado na embarcação Fênix, na estação de Charitas, pouco antes das 7h. Com isso, os intervalos das viagens sofreram alterações nos dois sentidos. O problema perdurou até pouco depois das 9h, aproximadamente. O maior atraso, segundo a Agetransp, ocorreu na partida das 7h entre a Praça XV e Charitas, que só aconteceu às 7h21.

Equipes de fiscalização da Agetransp estavam no terminal e acompanharam a situação, assim como os procedimentos adotados pela concessionária CCR Barcas para normalizar a operação.

Porém, os transtornos enfrentados pelos usuários vão muito além: goteiras dentro das embarcações viraram alvo de reclamações. O problema gerou pequenos bolsões d'água no piso e deixou poltronas molhadas, impedindo que passageiros pudessem sentar durante a travessia. Alguns usuários, inclusive, optaram por colocar uma sacola no banco para realizar o trajeto sentado.

"Como se não bastasse ter que pagar uma tarifa que não é barata, temos que passar por esse tipo de situação no caminho para o trabalho. É um absurdo a forma como nós, passageiros, somos tratados. Não há o mínimo de conforto", desabafou a usuária Jéssica Corrêa, de 26 anos. 

Em função das denúncias, a Agetransp notificou a CCR Barcas sobre o problema. Duas embarcações foram retiradas de circulação e levadas para um estaleiro na Ponta da Areia, em Niterói, para receber os devidos reparos.

Procurada, a CCR Barcas informou, por meio de nota, que "lamenta o ocorrido e informa que toda a sua frota passa por expedientes de manutenção preditiva (com acompanhamento periódico), preventiva (planejada para evitar ocorrências) e corretiva (consertos imediatos), com o objetivo de que os barcos estejam aptos para a operação. Porém, ainda assim, eventuais problemas técnicos, imprevisíveis e inevitáveis, podem vir a ocorrer."

A concessionária ainda completa que: "diferentemente dos demais transportes de massa, as barcas estão sujeitas às condições do tempo e de tráfego na Baía de Guanabara. Nevoeiros, chuvas, ventos fortes, mar revolto e força das marés, assim como o tráfego intenso, podem fazer com que as embarcações operem, por força dos procedimentos previstos nas regras internacionais de navegação, com velocidade reduzida, alterando o tempo de travessia. Da mesma forma, as condições climáticas e de maré podem alterar o tempo de atracação e desatracação. Sendo assim, em alguns momentos, em função das características próprias do transporte aquaviário - devido à complexidade de sua operação - é razoável haver a necessidade de tolerância de alguns minutos em determinados embarques.”