Colar de girassóis identifica portadores de deficiências

Colar de girassóis fez sucesso na internet - Foto: Divulgação

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Um colar vem causando grande comoção nas redes sociais. Mas não se trata de nenhum acessório da moda, mas sim um cordão estampado com imagens de flores de girassóis. Um simples ato que pode transformar a rotina de pessoas portadoras de deficiências que não são visíveis.

A história começou com Kim Baker, uma inglesa, que ao passar férias na Espanha com sua família, adotou o uso de um cordão de girassóis que simbolizava um alerta aos funcionários de um aeroporto de que um passageiro possuía uma deficiência escondida, como autismo, por exemplo. Ao ver o acessório, um guarda de segurança foi até a família de Kim e os levou até uma assistência especial para que não tivéssemos que entrar na fila, o que é um grande transtorno para crianças autistas.

"A minha mensagem é para que, se você ver alguém com um cordão de girassol, tenha em mente que eles, ou alguém com eles, podem ter uma deficiência escondida. Não estou dizendo que precisamos de um tratamento preferencial ou não cumprir as regras. Digo que às vezes se podem e devem fazer pequenos ajustes que contribuirão em grande medida para tornar a experiência da família um pouco mais fácil nesse dia", dizia um dos trechos do depoimento de Kim.

Prática em expansão - A prática ainda não é comum no Brasil, mas muitas instituições que cuidam de pessoas diagnosticadas com autismo acreditam que seja uma ótima medida a ser adotada em solos brasileiros.

A Associação Pestalozzi de Niterói mantém uma escola de educação básica destinada a crianças e adolescentes com deficiência intelectual e distúrbios do desenvolvimento. O presidente da instituição, José Raymundo Martins Romêo, ressalta que é importante que a sociedade se conscientize e respeite

"É uma importante iniciativa mas é preciso ter cautela para que o uso do cordão não exponha a pessoa ao preconceito. Saber respeitar o paciente e, além disso, incluí-lo perante a sociedade são medidas primordiais", destaca o presidente.

Direitos garantidos - Denise Aragão, fundadora do Grupo Mundo Azul, tem um filho portador de autismo de 15 anos e já passou por diversos constrangimentos em filas preferenciais. Isso porque muitos não têm conhecimento da Lei Federal nº 12.764, que faz com que os autistas passem a ser considerados oficialmente pessoas com deficiência, tenho direito a todas as políticas de inclusão do país, inclusive o direito de utilizar a fila preferencial.

"Ainda existe uma cultura no Brasil de que toda deficiência tem que ser visível. Por isso, a gente já vem buscando no país várias formas de identificar as pessoas com autismo.