Nova sinalização e mais segurança na orla do Rio

A Praia de Itaipu, que recebe grande público, foi a terceira que mais registrou resgates em 2019, com 1.887 salvamentos - Foto: Douglas Macedo

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Durante a estação mais quente do ano, é natural que as praias fiquem lotadas tanto pela população local quanto por milhares de turistas que visitam o Estado do Rio de Janeiro em busca de aproveitar nossas famosas praias. O aumento de banhistas nas orlas do Estado exige um reforço na segurança dos frequentadores, e, para isso, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ) está realizando a Operação Verão 2020, com o objetivo de informar e proteger a população.

Neste ano, a grande novidade da operação realizada pelo CBMERJ é a implementação de bandeiras que sinalizam os diferentes níveis de risco de afogamento, assim como a presença de animais marinhos na região. Ao todo são quatro bandeiras que possuem um novo layout e cores diferentes (verde, amarela, vermelha e roxa) que ficam localizadas em distintos pontos das praias, informando a particularidade do local.

A bandeira verde indica que, naquele ponto, as condições para banho são boas e o risco de afogamento é baixo. O local onde se encontra esta bandeira é apropriado principalmente para pessoas que não sabem nadar, ou que levem crianças à praia.

A bandeira amarela sinaliza que o local indicado apresenta fatores de risco aos banhistas, como ondas mais fortes, correntezas e outras condições que podem ocasionar afogamentos.

Já a bandeira vermelha alerta que o ponto onde está localizada não é adequado para banho e há alto risco de afogamento. É imprescindível que a população respeite esta sinalização, assim, evitando acidentes e possíveis mortes. As bandeiras vermelhas ficam posicionadas, sobretudo, em locais onde ocorrem - além de ondas grandes -, correntes de retorno, também conhecidas como "vala". Segundo indicações do Corpo de Bombeiros do Rio, é necessário ficar atento às valas, que costumam ter tonalidade da água mais escura e sem ondas. Se a pessoa ficar presa numa corrente de retorno, eles indicam que o banhista peça ajuda acenando com o braço e nade para os lados, paralelamente à praia, nunca em direção à areia.

Por fim, a bandeira roxa sinaliza a presença de animais marinhos que possam ser nocivos aos banhistas. Além de proteger os frequentadores das praias, respeitar esta bandeira evita que estes animais também fiquem em um lugar de vulnerabilidade, como já houve diversos casos de animais marinhos que eventualmente nadaram até as orlas de algumas praias e foram mortos por banhistas que se sentiram ameaçados.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio, a maioria dos afogamentos acontece no verão, quando as temperaturas sobem e há um expressivo aumento do número de frequentadores nas praias do estado, incluindo turistas. A corporação ressalta outras indicações destinadas aos banhistas para evitar afogamentos: procurar sempre locais próximos aos postos de guarda-vidas; respeitar as placas e bandeiras de sinalização; perguntar sempre ao guarda-vidas qual o local mais apropriado para tomar o banho de mar; não ingerir bebidas alcoólicas antes de entrar no mar; evitar entrar na água logo após se alimentar; não entrar no mar após longa exposição ao sol, sem antes adaptar seu organismo à temperatura da água; não desviar a atenção um só instante das crianças. Indica-se que se faça uso de pulseiras com informações como nome e telefone para contato; caso saiba e pretenda nadar, a orientação é praticar a atividade paralelamente à areia; evitar locais com grande número de surfistas. Desta forma, é possível prevenir acidentes com pranchas.

Em 2019, os bombeiros resgataram mais de 12 mil pessoas nas praias do Rio de Janeiro. O número mais expressivo, realizado pelo 3º Grupamento Marítimo, foi em Copacabana, que salvou 2.688 pessoas, seguidas por Cabo Frio, com 2.047 salvamentos e Itaipu, em Niterói, que teve a marca de 1.887 salvamentos marítimos. A lista segue com Recreio, que realizou 1.801 salvamentos; Mambucaba, com 1.046 salvamentos; Barra, com 784 salvamentos; Barra de Guaratiba, que efetuou 599 salvamentos; em Rio Das Ostras houve 566 salvamentos; em Macaé foram 459 salvamentos; Sepetiba ficou em décimo lugar, com 449 salvamentos.

O ranking de salvamentos marítimos no Estado em 2019 continua com Paraty, que realizou 395 salvamentos; Campos, com 261 salvamentos; na praia de Botafogo, houve 240 salvamentos; em Saquarema, 187 salvamentos; São João da Barra operou 148 salvamentos; em Angra foram 121 salvamentos; no Piscinão de Ramos, 41 salvamentos; Paquetá teve o menor número de salvamentos, com apenas 3.

Operação - O reforço do patrulhamento oferecido pela Operação Verão 2020 será mantido até março, e conta com 1,3 mil guarda-vidas, um aumento de 50% do efetivo em relação ao que é empregado nos demais meses do ano.

Além do contingente e da sinalização com bandeiras - citada anteriormente -, os bombeiros reforçam os equipamentos de salvamento, incluindo um novo helicóptero, comprado recentemente com recursos da Taxa de Incêndio. O modelo é o primeiro a contar com piloto automático, que melhora a estabilidade da aeronave em caso de desorientação espacial. Além do helicóptero, também há novas motos aquáticas, quadriciclos, botes, boias de salvamento, itens de proteção pessoal e outros equipamentos.