Rio apoia prefeituras e cede respiradores para covid-19

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, fez nesta sexta-feira (12) a cessão de equipamentos hospitalares às Prefeituras de Barra do Piraí, Nova Iguaçu, Guapimirim e Seropédica que vão permitir a abertura de mais 44 leitos de UTI nos quatro municípios fluminenses. Os 44 respiradores, 44 monitores e oito carrinhos de anestesia ficarão cedidos enquanto durar a pandemia. Foram entregues também equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde.

Todos esses aparelhos estavam em hospitais da rede municipal e foram substituídos pelos novos, comprados da China, em dezembro do ano passado, antes da pandemia, num total de 726 respiradores. A Prefeitura adquiriu, na atual gestão, mais de 18 mil itens para reequipar as unidades de saúde da rede municipal.

"Estamos tendo a honra e o prazer de ajudar outros municípios graças às compras que fizemos no ano passado. Estávamos construindo uma arca para o dilúvio que vinha. Foram centenas de respiradores, monitores, tomógrafos, bombas infusoras e carrinhos de anestesia, que agora estão sendo importantes não só para a cidade do Rio como para o Estado", declarou Crivella, em solenidade de entrega dos equipamentos aos prefeitos das quatro cidades beneficiadas.

A secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, explicou que o plano de contingência programado para o enfrentamento da Covid-19 previa quatro ondas. Nelas estavam a disponibilização de leitos, a oferta de vagas em hospitais e a construção do Hospital de Campanha no Riocentro. Ela chamou o momento atual de "quinta onda".

"Hoje contemplamos a quinta onda, quando a cidade do Rio consegue oferecer para outros municípios tecnologia essencial para salvar vidas. Que os médicos dessas quatro cidades consigam tratar, curar e devolver a suas famílias centenas de pacientes, como os nossos fizeram aqui no Rio com equipamentos semelhantes a esses", disse.

Confusão - Unidade de referência no tratamento da covid-19 no Rio de Janeiro, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, foi palco de confusão ontem à tarde. Um grupo de cinco pessoas entrou em alas restritas a médicos e pacientes, dando chutes em portas, derrubando computadores e, segundo testemunhas, tentando invadir leitos de pacientes internados. A Secretaria Municipal de Saúde disse que a situação foi provocada por uma família que se desesperou ao receber a notícia da morte de um paciente.

De acordo com a prefeitura, de fato ocorreu um tumulto causado por cinco pessoas de uma mesma família que, desesperadas ao receberem a notícia da morte de uma parente internada no local, uma senhora de 56 anos, ocorrida na manhã desta sexta, entraram alteradas na unidade. Ainda segundo informações da prefeitura, uma placa de sinalização foi quebrada pelos familiares, que também bateram uma porta, causando danos. Vigilantes, guardas municipais de uma viatura que fica baseada no hospital e integrantes da equipe assistencial ajudaram a contornar a situação. Uma das pessoas da família, uma mulher, precisou ser medicada para se acalmar. Diante do a lto risc o de contágio, nem mesmo parentes das vítimas podem entrar nos hospitais.