Manhã movimentada no Terminal de Niterói após nova flexibilização

Terminal Rodoviário João Goulart, em Niterói: serviço de transporte pode entrar em greve se impasse entre trabalhadores e empresa não for resolvido - Foto: Marcelo Feitosa

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No primeiro dia do estágio amarelo do Plano de Transição Gradual para o Novo Normal, em Niterói, o Terminal João Goulart, no Centro da cidade, apresentou maior movimento de ônibus e passageiros, na manhã desta segunda-feira (22).

De acordo com o sindicato de trabalhadores rodoviários que atende à cidade, o Sintronac, 60% dos funcionários estão em atividade, o que representa aproximadamente 10,8 mil profissionais, dos cerca de 18 mil cadastrados no órgão.

Segundo o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira, o sindicato tem cobrado das autoridades medidas de prevenção à covid-19, principalmente em relação ao uso de máscaras e para que não haja aglomerações.

“O sindicato tem cobrado isso. Principalmente do Estado e das prefeituras a fiscalização para evitar aglomeração nos terminais, pontos finais e principais vias, além de dentro dos coletivos. Também para verificarem o uso de máscaras”, disse.

Linhas chegaram a desaparecer durante a pandemia

O aumento da movimentação nesta segunda contrasta com o cenário visto desde o começo da pandemia. De acordo com levantamento do Sintronac, feito em 15 de junho, linhas de ônibus, com ponto final no terminal, tiveram redução drástica na frota e outras chegaram até mesmo a terem suas operações suspensas pelas empresas, por conta da baixa movimentação.

Entre os principais casos, está a linha 21, operada pela Viação Ingá, ligando o Fonseca, na Zona Norte, ao Centro, que normalmente é atendida por três carros, mas deixou de circular durante a pandemia. Já a 47, da Viação Araçatuba, que faz o trajeto entre o Vital Brazil e o terminal, teve frota reduzida de 33 para apenas quatro carros.

Em relação às linhas intermunicipais, a redução do efetivo também pôde ser notada. Linhas com destino à lugares como Piabetá, em Magé, Imbariê, em Duque de Caxias, Jardim Catarina e Guaxindiba, em São Gonçalo, também deixaram de circular. Enquanto ônibus para Maricá e Alcântara foram reduzidos para menos da metade.

De acordo o Sindicato das Empresas de Ônibus do Estado (Setrerj), o setor rodoviário amargou perdas durante a pandemia. Os prejuízos já contabilizados estão na casa de R$ 100 milhões, em relação aos ônibus intermunicipais, e R$ 25 milhões para as empresas municipais de todo o Estado.