Mais um passo na flexibilização

No primeiro dia de funcionamento, fiscais de posturas também vistoriaram os quiosques da orla de Niterói - Foto: Berg Silva/Prefeitura de Niterói

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Chegou a vez de feiras livres e quiosques da orla da cidade retomarem suas atividades, ontem, dentro do Plano de Transição Gradual Para Um Novo Normal da Prefeitura de Niterói. As duas atividades econômicas estavam proibidas de funcionar desde março, quando começaram as medidas de restrição por causa da pandemia do novo coronavírus. As feiras livres funcionarão nos horários habituais, já os quiosques só terão autorização para abrir nos horários em que as praias estiverem liberadas para atividades físicas individuais, das 6h às 12h30 e das 16h às 22 horas. Os locais devem seguir os protocolos sanitários estabelecidos pela Secretaria Municipal de Saúde com o objetivo de reduzir os riscos de transmissão de Covid-19 para os funcionários e clientes.

No primeiro dia de funcionamento, fiscais de posturas, da Secretaria Municipal de Ordem Pública, vistoriaram pela manhã as feiras de São Francisco e Piratininga. Ao longo do dia os quiosques da orla também foram fiscalizados. A Guarda Municipal deu apoio às ações e nenhuma irregularidade foi encontrada.

Nos quiosques, mesas e cadeiras só podem ser colocados junto ao estabelecimento, respeitando as regras de distanciamento social. Está proibido o uso de mesas e cadeiras na areia das praias. Nas feiras livres, está proibido o consumo de alimentos no local.

Para o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, é muito importante que clientes e funcionários dos quiosques e feiras livres sigam todas as normas de segurança em relação à covid-19:

"Estabelecemos protocolos para retomada dos quiosques e volta das feiras livres. É muito importante que os responsáveis por essas atividades sigam o que está estabelecido, mantendo assim a segurança da população e dos próprios funcionários. O retorno das atividades é orientado pelo Plano de Transição para o Novo Normal que continua sendo analisado diariamente e acompanhado pelo Comitê Científico, composto por profissionais da UFF, UFRJ e Fiocruz. Essas medidas só foram possíveis pelas ações adotadas pela Prefeitura, em conjunto com a conscientização da população", disse o secretário.

Rodrigo Braga, que divide com um casal de tios e o primo a administração de um quiosque na Praça da Boa Viagem, disse que a pandemia acabou com uma antiga piada entre os frequentadores do local, a de que o quiosque nunca fechava.

"Todos sempre brincavam com a gente por causa disso. Abríamos o quiosque todos os dias, de segunda a segunda, inclusive feriados, até no Natal a gente abria. Os clientes mais tradicionais diziam que nada derrubava a gente e que nem o Plano Collor conseguiu. Agora, ficamos 172 dias com o quiosque fechado e é uma alegria enorme poder reabrir", disse Rodrigo Braga, que reabrirá hoje o estabelecimento.

Quem também ficou muito animada com a volta ao trabalho foi a feirante Marcilene do Nascimento Telles Batista. Ela vende tapioca nas feiras de São Francisco, às terças; de Vital Brazil, às quartas; e da Lopes Trovão, em Icaraí, aos sábados. Ela conta que desde o início da pandemia teve problemas para vender e entregar seus produtos a poucos clientes e que agora espera recuperar sua fonte de renda

"Passei por momentos difíceis e estou muito animada com esse retorno. Estou tomando muito cuidado com todas as medidas de segurança e orientado os clientes. Encomendei até plaquinhas com dicas de segurança para colocar na minha barraca. Sinto como se estive recomeçando do zero o meu empreendimento e espero conquistar novos clientes", disse Marcilene Batista.n