MPRJ e Polícia cumprem mandados de busca em endereços ligados à Prefeitura e no prédio de Crivella

Ministério Público recorre da decisão que suspende inelegibilidade de Marcelo Crivella - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil cumpriram, na manhã desta quinta-feira (10), 22 mandados de busca e apreensão em endereços ligados à Prefeitura do Rio, inclusive a residência do prefeito Marcelo Crivella. A operação investiga suposto esquema de corrupção na prefeitura, sendo um desdobramento da primeira fase da Operação Hades, realizado no dia 10 de março deste ano. A ação não contava com mandados de prisão.

Durante a operação, o celular de Crivella foi apreendido.

Os mandados foram expedidos pelo 1º Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça do Rio, pedidos pelo Grupo de Atuação Originária Criminal (Gaocrim), que investiga políticos com foro privilegiado.

Equipes foram no Palácio da Cidade, em Botafogo; no Centro Administrativo da prefeitura, na Cidade Nova; e em uma mansão na Barra da Tijuca. As diligências estão sendo cumpridas também em endereços de Jacarepaguá, Tijuca, Flamengo, e em Itaipava e Nilópolis.

Entre os alvos da força-tarefa estão o ex-senador Eduardo Lopes; Mauro Macedo, que foi tesoureiro da campanha de Crivella ao Senado e citado em delação sobre o esquema de propina envolvendo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros (Fetranspor); e Rafael Alves, empresário citado em delações como pagador de propina para a Prefeitura do Rio.

De acordo com investigações, empresas que tinham interesse em fechar contratos com a Prefeitura do Rio entregavam cheques a Rafael Alves, que é irmão de Marcelo Alves, então presidente da Riotur. Em troca, Rafael facilitaria a assinatura dos contratos e o pagamento das dívidas.