Obesidade é fator de risco para quem tem pressão alta

Especiais
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Entre as principais recomendações está a mudança na alimentação, dando preferência aos alimentos cozidos e assados

Foto:Freepik
Segundo o Ministério da Saúde, em 90% dos casos, a hipertensão é herdada dos pais. Mas outros fatores influenciam para esse quadro. O envelhecimento está entre eles, já que o risco aumenta de acordo com a idade, tanto em homens quanto em mulheres. A incidência da doença também é maior em negros, diabéticos e obesos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da pressão alta.

“A obesidade é um dos principais e mais frequentemente encontrados, porém existem vários outros agentes, principalmente envolvendo condições genéticas que podem estar ligadas à pressão alta.

Pacientes magros podem apresentar essa doença. Crianças e indivíduos jovens que apresentam pressão elevada necessitam de investigação para checar outras causas estruturais, e, nesse caso, chamamos de hipertensão secundária”, disse o cardiologista.

Se não tratada, a doença pode trazer sérios danos à saúde e afetar os órgãos, como o coração, os rins e o cérebro. Entre os casos mais comuns decorrentes da hipertensão estão o infarto, insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou paralisação dos rins e alterações na visão, que podem até levar à cegueira.

Hábitos saudáveis: o melhor remédio

Não há cura para pressão alta e quem é diagnosticado com a doença deve seguir o tratamento pelo resto da vida para controlá-la. Antes de tudo, o hipertenso precisa adotar hábitos mais saudáveis.

Para o cardiologista Cristiano, um dos principais desafios do médico é convencer os hipertensos a tomarem a medicação todos os dias.

“Isso ocorre porque, principalmente em casos mais graves, muitas vezes é necessário utilizar mais de um medicamento. Como a pressão alta é uma doença silenciosa e que gera poucos sintomas, mas com consequências importantes a longo prazo, esse convencimento do indivíduo para utilizar a medicação passa pela conscientização de que tudo é importante para prevenir complicações no futuro, como infarto, arritmias e AVC”, explica o cardiologista.

Entre as principais recomendações está a mudança na alimentação, dando preferência aos alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados, e a escolha por temperos naturais que realcem o sabor.

O sal é o grande vilão da pressão alta e, por isso, é preciso diminuir a quantidade e não utilizar saleiro à mesa.

A prática de atividades físicas deve ser feita pelo menos cinco dias por semana, como caminhadas, pedaladas, dança e natação.

Em alguns casos, no entanto, isso não é suficiente e é preciso iniciar o tratamento medicamentoso, para reduzir a resistência vascular periférica. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza, gratuitamente, medicamentos nas Unidas Básicas de Saúde e no programa Farmácia Popular. Para retirá-los, basta apresentar um documento de identidade, CPF e a receita médica com validade de 120 dias.