Credenciais para chocar o mundo da luta

O niteroiense Gilbert Durinho gosta de surpreender o mundo do MMA. Depois de aceitar enfrentar e vencer o então invicto Alexey Kunchenko em maio, faltando apenas um mês para a luta, o atleta da categoria meio-médio (até 77kg) do UFC terá diante de si outro desafio de última hora neste sábado. Trata-se do islandês Gunnar Nelson, que vem de derrota por decisão dividida contra Leon Edwards. A luta será em Copenhague, na Dinamarca, pelo UFC Fight Night.

A luta começará a partir de meio-dia (horário de Brasília). Por ser um duelo na Europa e de clima frio, o lutador brasileiro, que vive na Flórida, nos Estados Unidos, está passando por um período de aclimatação no país nórdico. Além disso, o brasileiro teve pouco tempo de treino, já que vai substituir o também brasileiro Thiago Pitbull, que deixou o duelo por causa de uma lesão.

"Eu já estava fazendo muito jiu-jitsu, estou com o jiu-jitsu muito afiado e o wrestling muito afiados. E esse foi um dos principais motivos de pegar essa luta. Ele tem um chão bom, nunca foi finalizado. Vi várias lutas dele – tanto de grappling, quanto de MMA – e sei onde que dá para explorar o jogo de finalização que vou buscar o tempo inteiro. E nessa categoria eu não preciso perder tanto peso, então é bem mais tranquila essa adaptação", disse Durinho.

Sobre a expectativa da vitória e os planos para o futuro na categoria, caso consiga o triunfo no duelo, Durinho mirou dois nomes conhecidos no UFC. Em contrapartida, o lutador se mostrou tranquilo caso não apareça no top-15 da categoria. 

"Acho que é uma vitória que me projeta muito nessa categoria, ainda mais se for por finalização ou nocaute. E, se eu sair sem lesão, daqui a uma semana já estou de volta aos treinamentos. Tem vários caras que quero lutar na categoria, como o Ben Askren e o Anthony Pettis. Meu jogo ameaça muita gente: tenho mão pesada, boa queda, poder de nocaute e finalização, mas agora o foco é todo no Gunnar Nelson. Com essa vitória ganho muita confiança do UFC. Acho que me coloca no top-15, mas isso eu não tenho como controlar. Talvez meu nome apareça lá, mas não estou preocupado com isso. Quero continuar evoluindo, me mantendo ativo e me testando", avaliou o lutador.

Apesar de estar vivendo nos Estados Unidos, o brasileiro ressaltou que tem saudades de Niterói e garantiu que estará no município no fim do ano: "Eu sinto falta de vários amigos, da minha família, da minha academia Oriente onde eu treino quando estou no Brasil. Sinto falta do meu professor, Rafael Barros, que me deu a faixa-preta. Tenho muitas memórias boas em Niterói. Tenho o sonho de fazer um projeto social em Niterói, de jiu-jitsu ou de MMA, e estou estudando como vou fazer isso, se vou ter alguma ajuda e tudo mais. Devo voltar a Niterói no final do ano para passar o Natal com meus pais", finalizou o faixa-preta.