Mercedes tenta frear reação da Ferrari

Charles Leclerc e Vettel conseguiram frear o ímpeto da Mercedes nesta temporada. Agora, a dupla poderá surpreender novamente na etapa russa deste domingo - Foto: Reprodução de Twitter

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Nas oito primeiras etapas do Mundial 2019 da Fórmula 1, só deu Mercedes. Com seis vitórias de Lewis Hamilton e duas de Valtteri Bottas, a escuderia alemã pareceu imbatível, e sem concorrentes para a conquista do sexto título consecutivo.

Mas de lá para cá, a partir do Grande Prêmio da Áustria, a história da temporada mudou radicalmente. Em sete provas disputadas, Hamilton venceu apenas duas, mesmo número de Max Verstappen, da Red Bull, mas a sensação passou a ser a Ferrari. A escuderia italiana conquistou sua primeira vitória do ano na Bélgica com Charles Leclerc, que repetiu o feito em Monza. No último domingo, em Cingapura, foi a vez de Sebastian Vettel confirmar a boa fase da equipe e liderar a dobradinha com o monegasco em segundo.

Hamilton mantém uma liderança confortável na tabela de classificação com 296 pontos e 65 de vantagem para Bottas. Empatados com 200 pontos, Leclerc aparece em terceiro seguido de Verstappen. Mas o domínio ferrarista tanto em pistas de baixa pressão aerodinâmica, como Spa e Monza, como em de alta (Cingapura), ligou o sinal de alerta na Mercedes.

O piloto britânico tenta minimizar a pressão, e disse na Rússia que a equipe tem como extrair mais do carro.

"Honestamente, não há razão para preocupação," afirmou Hamilton.

"Eu diria que nas últimas três corridas nós provavelmente não extraímos 100% no final de semana, e é isso que precisamos recuperar - extrair o máximo," completou Hamilton, que não se absteve de incluir a si próprio.

"Naturalmente eu não coloco tudo na conta da equipe. Eu posso ajudar a extrair um pouco mais do carro e de mim mesmo," concluiu.

Do lado da Ferrari, Vettel comemora o melhor acerto do carro, mas mantém a cautela com relação às próximas corridas.

"Eu creio que de uma maneira geral estamos na direção certa, mas seria errado pensar que porque vencemos em dois tipos diferentes de pista podemos vencer em qualquer lugar. Eu acho que a Mercedes ainda se mantém numa posição que a coloca como potencial vencedora de todas as provas deste ano, então são a equipe a ser batida," disse o alemão.

O Grande Prêmio da Rússia, no circuito de Sochi, será disputado neste domingo, a partir das 8h10, no horário de Brasília. No calendário desde 2014, a pista tem sido um reduto da Mercedes, única vencedora nos cinco GPs disputados.

Treino - Iniciando as atividades para o GP da Rússia, que ocorre na manhã de domingo, a Ferrari foi o grande destaque do primeiro treino livre desta sexta-feira em Sochi. Além de Charles Leclerc, que ficou em primeiro lugar anotando 1m34s462, a equipe italiana teve Sebastian Vettel na terceira posição, com 1m35s005. Aparecendo entre os companheiros, Max Verstappen foi o segundo colocado, a 0s082 de Leclerc.

Favorita pelo histórico em Sochi, a Mercedes não obteve destaque na primeira atividade. Valtteri Bottas e Lewis Hamilton ocuparam a quarta e quinta colocações, respectivamente.

Já no segundo treino livre da última sexta, Max Verstappen, da RBR, surpreendeu e cravou a melhor marca do dia na Rússia. Em sua volta mais rápida, o holandês atingiu a marca de 1m33s162, superando em 0s335 o segundo colocado Charles Leclerc. Valtteri Bottas foi o terceiro colocado, anotando 1m33s960.

Seguindo seu companheiro de Mercedes, Lewis Hamilton foi o quarto colocado. Sebastian Vettel, que havia ficado em terceiro lugar no primeiro treino, terminou na quinta posição.

Completaram os dez primeiros colocados, da sexta à décima colocações, Pierre Gasly (STR), Sergio Pérez (Racing Point), Nico Hulkenberg (Renault), Lance Stroll (Racing Point) e Alexander Albon (STR).