Esporte brasileiro reage com apoio e alívio a adiamento dos Jogos

Olimpíadas de Tóquio: organizadores propõem redução de funcionários nos Jogos - Foto: Reprodução via Instagram

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Atletas e técnicos brasileiros receberam com apoio e alívio o adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio (Japão) para 2021, em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A decisão foi tomada nesta terça (24) pelos Comitês Olímpico Internacional (COI) e Organizador dos eventos, após videoconferência entre o presidente do COI, Thomas Bach, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. A Agência Brasil recebeu e compilou depoimentos de esportistas de diversas modalidades olímpicas e paralímpicas sobre a decisão.

Hugo Hoyama, técnico da seleção feminina de tênis de mesa

“Primeiro, temos de pensar na saúde de todos. Não só atletas, mas dirigentes e torcedores que irão a Tóquio assistir. Então, acho que foi uma decisão sensata. Lógico que não foi fácil, mas era, realmente, a decisão a ser tomada. Agora é esperar passar a fase da pandemia, para que todos voltem a ter suas vidas normais e os atletas tornem a se preparar”.

Bruna Takahashi, mesatenista top-50 do mundo

“Acho que foi uma boa decisão dos comitês, porque muitas modalidades ainda não conseguiram disputar seus pré-olímpicos ou os atletas não conseguiram sair de seus países. Então, foi uma boa decisão para todos terem suas chances. E lógico, para cuidarmos da saúde. Ano que vem, estaremos mais fortes”.

Arthur Zanetti, campeão olímpico da ginástica em 2012

“Temos pontos positivos e negativos. O negativo é que estávamos preparados para competir em julho, tanto física como psicologicamente, e, a partir do momento que tivemos que ficar em casa, isso atrapalhou os treinos e afetou não só a mim, mas atletas do mundo todo. Os positivos: alguns atletas, que ainda não estavam classificados, terão um tempo a mais [para buscar a vaga], pois suas competições tinham sido canceladas. E, também, poderemos voltar aos treinos e à forma física ideal para competir nos Jogos”.

Flávia Saraiva, ginasta da seleção e medalhista pan-americana

“Agora nós, atletas, podemos respirar aliviados, porque teremos tempo para treinarmos e nos cuidarmos. Queria pedir, também, pra vocês continuarem se cuidando. Não saiam de casa, lavem bem as mãos, passem álcool gel. Cuidem de você e do próximo. E continuem fazendo exercícios em casa”.

Darlan Romani, campeão pan-americano e Mundial Militar no arremesso de peso

“Acho que foi uma boa decisão [o adiamento], afinal, são as nossas vidas em risco, dos nossos familiares também. A Olimpíada tem como um dos significados unir todas as nações. É o significado dos cinco aros olímpicos. Precisamos treinar, precisamos dar o melhor na competição. Seria injusto com países em que as pessoas estão completamente proibidas de sair de casa. Eu tenho a possibilidade de treinar em casa, tenho material. Mas há pessoas que moram em apartamento e não tem [a mesma condição]. Isso não é justo no cenário do esporte como imaginamos. Agora, vamos batalhar, rever os planos para 2021. O sonho continua”.

Felipe Kitadai, judoca medalhista de bronze em 2012


“Hoje, acordamos com uma grande vitória. Uma grande vitória para a humanidade, uma vitória sobre o coronavírus, que vamos combater. Nada é mais importante que nossa saúde e a do mundo. Vamos brigar juntos, ficar em casa, fazer o que é necessário para combater o vírus e conter as mortes. Vamos superar o sofrimento e vencer mais uma vez. Para 2021, o plano não muda. É ser campeão olímpico, dar meu máximo todos os dias. Agora, é trabalhar em cima dos erros e chegar lá mais forte ainda”.