Queimadas batem recorde no Norte

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As queimadas na região Norte do país, mais precisamente no Amazonas, ligaram o sinal de alerta de especialistas, ambientalistas e autoridades. Segundo dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os incêndios no bioma responderam por 65,1% do total. O percentual em relação a outros biomas é o maior entre os meses de agosto desde o início da medição, em 2003.

Após a fumaça proveniente das queimadas que tomaram o céu de São Paulo nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o aumento de queimadas registrado nos últimos dias na Amazônia pode ser resultado de ação criminosa. Para o presidente, as ações podem ser uma reação à suspensão de repasses do governo para organizações não governamentais (ONGs) e também de verbas de países para o Fundo Amazônia, projeto de cooperação internacional para preservação da floresta. Os principais países doadores do fundo, Alemanha e Noruega, anunciaram a suspensão de seus repasses após a divulgação das taxas de desmatamento na região. Sem apresentar provas, ao citar ONGs como sendo as possíveis responsáveis pelas queimadas, Jair Bolsonaro foi duramente criticado por representantes de algumas organizações ligadas à preservação da Amazônia.

Para Bolsonaro, as doações ao Fundo Amazônia, assim como o incentivo à demarcação de terras indígenas e ao aumento de áreas de reserva ambiental, são formas de "comprar à prestação a nossa soberania".

Reforço - O Bolsonaro destacou que as equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão atuando na Amazônia contra as queimadas e que as Forças Armadas devem reforçar o combate às chamas com as equipes locais.