Polícia Civil realiza operação contra pedofilia no Rio

Advogados são suspeitos de enganar empresas com contratos fraudulentos - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira (28) a operação para desbaratar uma rede de pedofilia que compartilha fotos e vídeos de pedofilia por meio de um grupo de WhatsApp. A ação terminou com quatro presos em flagrante, 11 pessoas conduzidas para averiguação e 13 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Investigações da delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) identificaram grupos formados por pessoas no Brasil, incluindo o estado do Rio de Janeiro, que compartilham (recebem e enviam) fotos e vídeos contendo pornografia infantojuvenil.

A investigação demonstrou que um dos grupos, formado por homens e mulheres, tem tentáculos inclusive fora do País. Os 13 alvos da operação de busca e apreensão foram localizados nos municípios do Rio de Janeiro (Jacarepaguá, Campo Grande e Andaraí), Itaguaí, Miracema, Campos dos Goytacazes, Araruama, Silva Jardim, Barra Mansa, Nova Iguaçu e São Gonçalo.

A ação foi coordenada pelo titular da DCAV, delegado Adilson Palácio, e pela delegada assistente Cristiane Aguiar, com apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB), Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI) e Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). O WhatsApp não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Violência sexual - Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas no País um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o Governo Federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.

Em março, uma ação contra a pedofilia no País terminou com mais de 130 pessoas presas, 59 apenas em São Paulo. Um dos presos não só armazenava, mas produzia o conteúdo sexual. Segundo a polícia divulgou na época, a maioria dos presos não tinha antecedentes criminais e estava acima de qualquer suspeita. Na ocasião, entre os vídeos apreendidos havia imagens com crianças a partir de dois anos de idade.