Preso por vender anabolizantes para adolescentes

Suspeito é apontado como vendedor dos anabolizantes - Foto: Lucas Benevides

Polícia
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Um homem de 25 anos foi detido na manhã desta segunda-feira (23), sob suspeita de vender anabolizantes para adolescentes, em Itaboraí. A Polícia Civil chegou ao rapaz, que é atleta de fisiculturismo, através de uma denúncia anônima

A ação foi conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói, que investiga, há três meses, a atividade do suspeito. Ele é apontado como comerciante dos produtos ilegais, tendo como clientes jovens que treinam em academias da cidade e procuram acelerar seu desenvolvimento físico.

De acordo com a especializada, o pai do suspeito era proprietário de uma das academias onde os anabolizantes eram vendidos. Na manhã desta segunda, agentes da DPCA foram à casa do suspeito, no Centro de Itaboraí, a fim de cumprir mandado de busca e apreensão.

Na residência do homem, que também teve quebrado o sigilo de seus dados para a investigação, foram encontradas ampolas contendo supostos anabolizantes. O material foi encaminhado para análise em um laboratório especializado na UFRJ. O suspeito foi conduzido à delegacia, onde foi ouvido e liberado. Ele responderá em liberdade por venda de produtos sem registro no órgão de vigilância sanitária.

Segundo o delegado José Paulo Pires, titular da DPCA, o flagrante não foi feito porque só é possível a comprovação de que o produto apreendido é ilegal após a análise. Caso o laudo da perícia comprove isto, poderá ser expedido o mandado de prisão. Não está descartada a participação de outras pessoas na comercialização dos anabolizantes.

"A partir da detenção dele e apreensão do material será feita a investigação de todo esse grupo. Com essas informações, vamos esperar o laudo e possivelmente pedir a prisão dele", disse o delegado.

A equipe de investigação ouviu adolescentes que confirmaram terem adquirido com o suspeito anabolizantes de comercialização proibida, como trembolona e testosterona. O contato com os clientes era feito pelas redes sociais, como Instagram e Facebook, onde o homem exibe livremente o uso dos produtos.

A Polícia Civil está apurando se os produtos tem origem de fora do Brasil. Caso comprovado, o suspeito pode responder pelo crime de tráfico internacional. Além de academias, a venda era feita de forma direta, combinando com os compradores. Ele possui anotação criminal anterior por resistência.