Secretaria de Educação vai contratar vigias para escolas que sofrem invasões

Invasores abriram um buraco no teto de uma das salas - Foto: Divulgação

Polícia
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A Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) anunciou que vai contratar vigias para escolas do Rio de Janeiro que já sofreram furtos. Além disso, através de nota, garantiu que vai aumentar o muro do Colégio Estadual Santos Dias, em Neves, São Gonçalo, que foi furtado três vezes nos últimos oito dias.

De acordo com a Seeduc, a secretaria está iniciando o processo de contratação de vigias para escolas que, excepcionalmente, registrem ocorrências desse tipo (invasões e furtos). Em nota, a pasta informou que a mudança no muro da unidade é para evitar “esse tipo de ação por parte dos usuários de drogas”.

O Colégio Estadual Santos Dias, em Neves, São Gonçalo, foi atacado e furtado mais uma vez na última terça-feira (19). Este foi o terceiro caso em pouco mais de uma semana, deixando os estudantes sem aulas na unidade. Desta vez, a secretaria foi o alvo da ação dos criminosos, que levaram computadores, documentos e até um micro-ondas.

Nas outras invasões, criminosos quebraram canos deixando a unidade alagada, roubaram ventiladores e câmeras de segurança, além de furtarem botijões de gás. Grades e portões também foram danificados, assim como pertences da biblioteca. Ferramentas de funcionários que prestam serviços para a escola foram furtadas, valor equivalente a R$ 2 mil reais, segundo trabalhadores do local. A polícia esteve na unidade, coletou digitais, imagens de câmeras, mas ainda não encontraram suspeitos. Nas imagens, três homens aparecem encapuzados.

A escola está localizada ao lado da Casa de Saúde Nossa Senhora das Neves, na Rua Marechal Floriano, que está abandonada desde 2016. Desde então, o local virou abrigo para usuários de drogas, que depredaram a clínica e furtaram pertences do local. Responsáveis pela escola e por alunos acreditam que os usuários de drogas podem estar aproveitando a proximidade da unidade desativada, divididos apenas por um muro.

Os últimos casos não foram ações isoladas. Desde 2017, há denúncias de ataques à unidade. Em agosto daquele ano, o refeitório foi arrombado e cerca de 40 quilos de carne foram roubados, além de panelas e outros utensílios. Uma escada foi usada para que criminosos pulassem o muro e acessassem as dependências. Na época, relatos davam conta de que a Polícia Militar chegou a fazer uma ação para retirada dos invasores, que voltaram para a unidade.

A 73ª DP (Neves) investiga o caso. Não há informações sobre o andamento da investigação.