Homem que atirou em moradora de rua é transferido para unidade prisional

Homem acusado de atirar em moradora de rua é levado por agentes para unidade prisional em Benfica - Foto: Marcelo Feitosa

Polícia
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O comerciante Aderbal Ramos de Castro, principal suspeito de matar a tiros a moradora de rua Zilda Henrique dos Santos Leandro, foi transferido para a Casa de Custódia de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (22). Até então, ele estava detido, em cumprimento de mandado de prisão temporária, na carceragem da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói.

Segundo o delegado Bruno Reis, responsável pelo caso, declarou na última quarta-feira (22), Aderbal responderá pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe com o agravante do porte ilegal de armas. A investigação apurou que o comerciante possuía autorização para ter a posse do armamento, um revólver calibre 38, em sua casa ou trabalho, mas não tinha a permissão de circular com o armamento.

A advogada do acusado, Daniela Lopes, falou com a imprensa naquele dia e, quando questionada sobre o motivo que levou o suspeito a adquirir uma arma ela, demonstrando irritação, respondeu: “Pergunte à Polícia Federal”.

Segundo Daniela, Aderbal, apresentou a versão de uma suposta tentativa de assalto, e afirmou que ficou com medo da abordagem de Zilda pois ele carregava, em sua bolsa, um alto valor em dinheiro enquanto estava indo abrir sua lanchonete, que fica na região da Rodoviária de Niterói, por volta de 5h30 daquele dia. Ela, no entanto, não soube especificar quanto. A hipótese da tentativa de roubo foi praticamente descartada pela polícia.

“Ela [Zilda] se aproximou dele, pediu esmola, ele recusou e caminhou por mais meia dúzia de passos. Ela foi acompanhando ele, mas a uma certa distância e insistiu naquele pedido. Ele, de súbito, sacou o revólver e deu um tiro nela e seguiu como se nada tivesse acontecido. [...] Ele falou que tinha sido assaltado outras vezes. A gente já conseguiu identificar algumas testemunhas”, disse o delegado Bruno Reis, durante entrevista coletiva.