Foi sepultado, na manhã desta sexta-feira (22), o corpo da jovem Maria Eduarda Alves Lima, de 17 anos, morta por seu marido, o vigilante Patrick Gomes de Abreu Azevedo Silva. O cerimônia aconteceu no Cemitério Parque da Paz, no Pacheco, em São Gonçalo, e foi marcada pela emoção e pedidos de justiça.
O velório aconteceu na Capela A do cemitério, e cortejo partiu às 11h para o sepultamento. Durante a cerimônia, amigos e familiares carregavam cartazes com os dizeres “parem de nos matar”; “justiça” e “machismo mata” como forma de protesto. Alunos do CIEP 513 George Savalla Gomes, que fica em Maria Paula, onde Maria cursava o 3º ano do Ensino Médio também compareceram.
Jose Roberto, pai de Maria Eduarda, recordou os bons momentos com a filha e disse perdoar Patrick: ”Ela era uma pessoa especial, uma garota muito boa. O sonho dela era ser independente, conquistar as coisas dela. Tenho só a agradecer a Deus por ter me dado ela. [...] Se a gente não viver o que é de Deus e não perdoar o próximo a gente não está fazendo nada. A família dele é muito boa”, disse.
Maria Eduarda deixa um filho, de 1 ano, fruto do relacionamento com Patrick. Este último foi preso horas após o crime e cumpre mandado de prisão temporária em unidade prisional. Maria é doadora de órgãos, e a família informou que foram aproveitados rim, fígado, córneas e ossos.
O caso - A adolescente foi baleada por Patrick na madrugada da última terça-feira (19), no bairro do Arsenal, em São Gonçalo. Ela foi atingida na cabeça e em uma das mãos. Militares do 7º BPM (São Gonçalo) foram acionados para o Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, para onde a vítima foi levada por familiares.
Relatos de parentes dão conta de que o motivo da discussão que antecedeu os disparos seria um conflito motivado pelo filho pequeno do casal. De acordo com familiares, Patrick era possessivo e costumava apresentar comportamento agressivo.
Emoção e pedidos por justiça marcam enterro de jovem morta pelo marido
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