Caso Flordelis: tia de filha adotiva é intimada a depor

Flordelis - Foto: Arquivo/Douglas Macedo

Polícia
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A polícia localizou e intimou para prestar depoimento a tia biológica de uma adolescente de 14 anos, filha adotiva da deputada federal Flordelis (PSD-RJ). A mulher é esperada, no começo da próxima semana, na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói. Um dos filhos da parlamentar, André, também será intimado para prestar novos esclarecimentos.

De acordo com o delegado José Paulo Pires, uma mulher identificada como prima de Carlos Knust, diretor da gravadora MK Music (da qual Flordelis é contratada), prestou depoimento na última semana. Ela afirmou que a tia biológica levou a menina, ainda bebê, à sua antiga casa, no bairro da Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A prima também informou que ficou poucas horas com a criança, apenas deu banho e a arrumou para entregar a Carlos, antes que ele repassasse a bebê a André. Ela declarou que a família biológica da menina morava, na época, no mesmo bairro e passava por dificuldades financeiras e que, por isso, os ajudava com mantimentos além de ter levado a bebê para adoção.

Segundo o delegado, o depoimento da tia biológica será crucial para esclarecer as circunstâncias da adoção da jovem. Além deste caso, a DPCA também está apurando a situação legal de todos os filhos adotivos de Flordelis, além dos biológicos. Não está descartado que a deputada responda por irregularidades nas adoções.

“Existem alguns termos penais que serão analisados e vamos fazer uma análise para saber se ela [Flordelis] se enquadra. Faremos uma avaliação e, se comprovada sua responsabilidade, poderá ser indiciada”, afirmou José Paulo Pires.

Cabe ressaltar que, recentemente, a investigação da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói apurou que Daniel, que seria filho biológico da parlamentar e do pastor Anderson do Carmo, na verdade era adotivo.

Procurada, a deputada afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que não comenta investigações em andamento.

Investigações

O contexto familiar de Flordelis é investigado por, ao menos, três delegacias diferentes: A DH está apurando as circunstâncias da morte do pastor Anderson do Carmo; possíveis irregularidades em adoções estão na mira da DPCA; e a 72ª DP (Mutuá) tem como alvo uma empresa, de propriedade de Anderson, que é suspeita de fraude documental.

De acordo com a polícia, o assassinato do líder religioso é apenas uma parte inserida dentro de uma trama muito mais complexa.