Os familiares do sargento da Polícia Militar Max Freitas da Silva, de 45 anos, que foi morto, na noite de quinta-feira (16), no São Gonçalo Shopping, estiveram, na manhã desta sexta-feira (17), no Instituto Médico Legal (IML) da cidade para realizar os trâmites de liberação do corpo. O agente estava de folga e havia tentado evitar um assalto em uma unidade da Lojas Casas Bahia.
De acordo com a Polícia Militar, em nota enviada à imprensa, o sepultamento será amanhã às 12h, no Cemitério Memorial Parque Nycteroy, em Vista Alegre, São Gonçalo. Ele deixa um filho de 14 anos. O jovem não estava no shopping com os pais. O Sargento Max tinha 45 anos, estava na Corporação desde 2001 e era lotado no Depósito Central de Armas e Munições (DCMun).
Em rápido contato com jornalistas, a esposa do agente informou que o marido estava aguardando ela terminar de fazer compras no supermercado do shopping no momento do crime. Ela relatou ter ouvido os tiros e, momentos depois, descobriu que a vitima era o Max.
De acordo com a polícia, o crime aconteceu por volta de 21h, quando o policial viu um homem assaltando duas lojas de departamentos. Ao tentar impedir a ação, um comparsa do assaltante, que estava na cobertura, atirou uma vez contra o PM pelas costas, a bala transfixou, e saiu no peito. Eles fugiram sem conseguir levar os aparelhos, roubando apenas a arma do agente.
Max acabou não resistindo aos ferimentos e morreu antes da chegada do socorro. Os criminosos encontraram com um terceiro comparsa que os aguardava do lado de fora e conseguiram fugir. Ainda está sendo avaliada a participação de um quarto elemento.
A situação acabou causando momentos de pânico e correria entre funcionários e frequentadores do shopping. Curiosos se aglomeraram no local onde o agente foi morto. Por medida de segurança, o fechamento do empreendimento foi antecipado naquela noite. O São Gonçalo Shopping informou, por meio de nota, que está à disposição das autoridades.
Equipes do 7º BPM (São Gonçalo) atenderam a ocorrência e acionaram a perícia da Polícia Civil. A Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói está investigando o caso, que está sendo registrado como latrocínio, isto é, roubo seguido de morte, pois a arma do PM foi roubada pelos criminosos.
Segundo a DH, 106 celulares, avaliados em torno de R$ 100 mil, que seriam levados por um dos assaltantes, foram apreendidos para perícia. Durante a fuga, o criminoso deixou para trás uma bolsa, onde estavam os aparelhos. Como o criminoso tocou nos aparelhos, a investigação tentará identificá-lo através de impressões digitais.
A perícia apontou que Max morreu baleado com um único disparo, que atingiu suas costas, transfixou e atingiu saiu pelo peito. Imagens de câmeras de segurança do shopping já foram recolhidas e estão sendo analisadas para esclarecer o caso e identificar os responsáveis.
PM morto: esposa ouviu tiros enquanto fazia compras
Esposa do policial militar estava fazendo compras no supermercado quando ouviu tiros - Foto: Marcelo Feitosa
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