Polícia prende quadrilha que praticava extorsões milionárias

Cheques, dinheiro, joias, documentos e anotações foram apreendidos durante a ação, que aconteceu em municípios da Baixada Fluminense e na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio - Foto: Divulgação

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A 52ª DP (Nova Iguaçu), com apoio das delegacias do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB), realizou, nesta quarta-feira (19), a Operação Parasitas para cumprir quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão contra um grupo que praticava extorsões milionárias. Todos os alvos da ação foram presos e responderão pelos crimes de extorsão, organização criminosa e crime contra a economia popular.

Os indiciados, dois ex-policiais militares e suas esposas, tiveram os bens sequestrados e as contas bancárias bloqueadas. Cheques, dinheiro, joias, documentos e anotações foram apreendidos durante a ação, que aconteceu em municípios da Baixada Fluminense e na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

De acordo com os agentes da unidade, a investigação teve início quando as vítimas procuraram a delegacia para comunicar que estavam sendo extorquidas por uma quadrilha de agiotas, que realizava empréstimos a juros abusivos e usavam violência e grave ameaça para cobrar os valores. Foram apresentados extratos bancários em que se confirmavam uma série de depósitos nas contas pessoais e das empresas dos investigados, que somam mais de R$ 3 milhões, entre os anos de 2018 e 2019, e notas fiscais de aquisição de veículos zero km, em nome dos presos.

Ainda segundo os policiais, mesmo com a realização dos depósitos, os criminosos continuavam intimidando as vítimas, com emprego de arma de fogo, como fuzis e pistolas. Em um dos casos, eles colocaram um rastreador GPS no carro de uma delas e chegaram a invadir o aniversário do seu filho, ameaçando os familiares de morte. Os dois ex-policiais militares eram responsáveis pelas ameaças e suas companheiras eram sócias de empresas que receberam o dinheiro depositado pelas vítimas.

É a primeira investigação de uma delegacia distrital que foi apreciada pela Vara Especializada no Combate ao Crime Organizado do Rio de Janeiro. Com a realização das diligências, os agentes buscam encontrar novas provas que identifiquem outros integrantes da organização criminosa, além de localizar outras vítimas.