Alerj vai custear parte da recuperação do Museu Nacional

Ferreirinha, Waldeck e Ceciliano, se reuniram com Denise Pires Carvalho, reitora da UFRJ e Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional - Foto: Divulgação/Alerj

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As obras da recuperação do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, ganharam um reforço de peso nesta semana. Um acordo, firmado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na última segunda (30), permitirá com que a Casa Legislativa contribua com R$ 20 milhões para o museu, que perdeu seu acervo em um incêndio trágico em setembro do ano passado.

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Na celebração da doação, que aconteceu no gabinete do deputado estadual André Ceciliano (PT), que preside o Legislativo Fluminense, estiveram presentes a reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires Carvalho, e o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner. Os parlamentares Waldeck Carneiro (PT) e Renan Ferreirinha (PSB), integrantes da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, que viabilizou o encontro, também estiveram presentes na reunião.

Ficou definindo que a UFRJ e o museu irão elaborar um projeto básico de reconstrução do histórico espaço cultural, com estimativa de gastos por etapa e, somente após a apresentação desse plano de ação e do processo licitatório, a Alerj dará início à liberação de recursos. As verbas serão disponibilizadas de acordo com a superação das etapas estabelecidas no projeto. A Alerj se comprometeu em arcar com os custos do telhado e da fachada.

"A Alerj reconhece a grande importância de se recuperar e preservar um patrimônio que não é somente do Brasil, mas do mundo. A Casa sempre se pautou por apoiar a cultura e não poderia ser diferente neste momento. O Museu Nacional é um marco no país e terá o nosso apoio nesse seu trabalho de reconstrução. Espero vê-lo reerguido e novamente funcionando o mais breve possível. Não se trata de preservar um prédio, mas toda uma história", afirmou Ceciliano, presidente da Alerj.

Para o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj, a resolução é importante não só para o Estado do Rio, como para a ciência brasileira e mundial.

"O deputado André Ceciliano, presidente da Casa, já havia me orientado no sentido de que a Alerj buscaria se envolver no esforço de reconstrução do Museu Nacional. Por isso, pautamos esta reunião, que foi bem sucedida. A Alerj se comprometeu, até 2020, com uma ajuda na casa de R$ 20 milhões, principalmente focada na construção de todo o telhado do Museu Nacional. [...] O telhado é um desafio muito grande, a fachada é um desafio muito grande.  [...] A Alerj se envolve em uma importantíssima pauta não só para o Rio de Janeiro, mas para o Brasil, para a ciência brasileira, já que o Museu Nacional é um patrimônio mundial", declarou Carneiro.

Já o deputado Renan Ferreirinha (PSB), também integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia da Casa, argumenta que o auxílio ao Museu Nacional só é possível por conta da economia que vem sendo feita por alguns mandatos de parlamentares da Alerj.

"Esse dinheiro é fruto de economia da Casa e de alguns mandatos, como o meu, que já deixou de gastar mais de R$ 700 mil dos cofres públicos esse ano. Estamos muito felizes por ajudar o Museu Nacional", afirmou Ferreirinha.

Na oportunidade, também foi marcada uma reunião com o Comandante Militar do Leste, Júlio César Arruda, para tratar sobre o armazenamento do acervo do museu enquanto a obra não é concluída. Os presentes combinaram também que haverá brevemente uma exposição do acervo já recuperado no Salão Nobre do Palácio Tiradentes para visitação pública.

200 anos de existência

O Museu Nacional é considerado um dos maiores do mundo no que diz respeito a história natural e antropologia. Os esforços, no momento, são para reconstrução do Palácio São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista, que abrigava o museu.

Isto porque em 2 de setembro do ano passado, a edificação foi vítima de um grande incêndio, que repercutiu no país e no exterior, por conta da importância da instituição, com 200 anos de existência e dona de um dos mais ricos acervos, com mais de 20 milhões de itens. A esperança dos apreciadores de cultura e história é que o Museu Nacional ressurja, como uma fênix.