Corregedor recomenda que caso Flordelis siga para o Conselho de Ética

O corregedor da Câmara dos Deputados, Paulo Bengtson, recomendou através de um parecer ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, que o processo da deputada federal Flordelis siga para o Conselho de Ética. A deputada é acusada de ser mandante da morte do pastor Anderson do Carmo. Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas não pôde ser presa por ter imunidade parlamentar.

De acordo com o parecer, houve quebra de decoro após a parlamentar e os filhos dela virarem réus no processo que investiga o assassinato de Anderson. O corregedor afirma que a denúncia contra Flordelis é grave e revela fatos potencialmente danosos à imagem do Poder Legislativo e dos seus membros.

Bengston declarou que as investigações do assassinato do marido da deputada estão alicerçadas em conjunto probatório vigoroso, coeso, harmônico, o que indicaria a participação dela no caso, sobretudo em atos posteriores à morte do pastor.

O caso foi analisado pelo corregedor após representação feita no fim de agosto pelo deputado Léo Motta.

"Os fatos descritos no Requerimento de Representação e no Inquérito Policial que o instrui constituem indícios suficientes de irregularidades ou de infrações às normas de decoro e ética parlamentar", diz o relatório.

A Mesa Diretora da Câmara vai analisar o relatório e decidir se envia o caso para o Conselho de Ética da Casa.

Em defesa apresentada à Corregedoria no dia 16 de setembro, Flordelis diz que sua inocência será provada na justiça. Na última semana, o corregedor ouviu Flordelis por quase três horas. Por determinação da justiça, Flordelis está sendo monitorada por tornozeleira eletrônica.