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Além dos serviços voluntários que os associados do JCM 4X4 prestam, juntamente com órgãos em situação de desastres naturais e enchentes, eles também arrecadam nas inscrições de seus eventos alimentos para doação - Foto: Arquio Pessoal

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De acordo com o presidente e fundador do JCM 4x4, a indústria tem investido muito nesse mercado. Mesmo com o Brasil em crise, esse segmento (off-road) não sofreu queda e continua crescendo.

“O problema é que algumas empresas, para dar mais conforto aos seu clientes, ‘enfraqueceram’ o produto no quesito off-road (ao comprar, a pessoa ainda precisa gastar para preparar o carro). Hoje, no Brasil, podemos falar de alguns modelos em circulação como Troller, Suzuki Jimny, Land Rover, Niva, CJ, Bandeirante, Egesa, JPX, Agrale Marrua, entre outros. Os dois primeiros, com pouco investimento em equipamentos, já superam muitos obstáculos. Saindo deles, temos uns SUV, que suportam certas brincadeiras, e as picapes, que são top no segmento”, analisa Eduardo da Hora.

Para o empresário Ruy Ciasca Junior, de 53 anos – referência nacional no assunto 4x4 e criador de um projeto de suspensão próprio –, mesmo com a crise, os adeptos do off-road não deixam de investir em suas máquinas gigantes.

O paulista se interessou em trabalhar nesta área em 1999, atendendo às exigências deste nicho de mercado. Isto aconteceu após ter adquirido um veículo 4x4, um Ford Explorer ano 1994. Quando foi atrás de equipamentos e serviços para poder efetuar algumas alterações, pôde perceber o quanto este mercado estava em falta de mão de obra e como os produtos que são vendidos ainda hoje, em sua maioria, são apenas paliativos, não passando de adaptações que geram instabilidade e desconforto por suas ineficiências.

“Muitas aumentam a altura do carro, mas perdem estabilidade, segurança ou conforto, às vezes, os três juntos. Então, como já trabalhava na linha automobilística e preparava alguns carros para eu mesmo competir em provas como Stock Car, Mil Milhas, Cart, decidi iniciar a fabricação desses produtos. Enquanto eu preparava meu carro, já vieram amigos e clientes que, antes mesmo de eu ter finalizado uma transformação, já estavam encomendando as suas transformações de acordo com as necessidades de cada um”, lembra Ruy.

Nesta época, o empresário tinha uma oficina de funilaria e pintura com 750m², e praticava esportes de velocidade. Foi quando decidiu mudar radicalmente para o off-road.

“Logo mudei a categoria de piloto de corridas para piloto de off-road. Inclusive, ao participar da minha primeira prova de competição, a Copa Baja 2000, fui campeão da primeira etapa já com este Ford Explorer que eu mesmo preparei. Neste tipo de prova, o que realmente conta é a audácia do piloto e a eficiência da suspensão, já que os obstáculos são grandes pedras e subidas altamente íngremes que devem ser transpassadas sem auxílio externo e sem sair do trajeto predefinido”, explica Ruy, que vem colhendo os frutos de um crescimento de 100% ao ano em sua oficina, com cerca de 30 funcionários. “Quanto mais eu me empenho e me dedico a estudar e aprender sobre os assuntos que estão relacionados à área do setor automotivo, mais eu tento aplicar e atualizar os meus serviços e produtos para servir este público maravilhoso, tanto do off-road como da reparação convencional.