Doação de órgãos: homenagem a quem transforma dor em amor

Familiares de doadores e profissionais participaram da homenagem - Foto: Divulgação

Saúde
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A Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), em São Gonçalo, homenageou na manhã de quarta-feira (25) familiares de doadores e os profissionais envolvidos em todo o processo de captação. As homenagens fizeram parte do "Setembro Verde", evento que está sendo realizado na área de convivência da unidade em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado no próximo dia 27. A programação continua até o final do mês, com a exposição fotográfica "Plante Essa Ideia.Transplante Vida" com imagens feitas no Jardim do Doador.

Representando o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, o superintendente de Unidades Hospitalares do Estado, José Perrota, parabenizou a iniciativa dos familiares em abraçar o programa e enalteceu o trabalho do hospital.

"Hoje eu venho neste hospital de excelência para parabenizar vocês, familiares, que participaram deste momento de dar amor, dar vida a outras pessoas, através da doação de órgãos. Vocês conseguiram transformar a dor em amor e peço a vocês que passem este sentimento para outras pessoas.Nos estamos em um atividade máxima na secretaria estadual para colocar o programa em todas as nossas unidades de saúde com o objetivo de multiplicar o processo de doação. Hoje a nossa família está dando amor, mas um dia a família de alguém pode nos dar também. Parabéns a toda equipe do Hospital Estadual Alberto Torres pelo excelente trabalho e um beijo no coração de todos os familiares".

Paralelamente, o diretor do Hospital Estadual Alberto Torres, Rafael Riodades, também enalteceu o trabalho da equipe do CIHDOTT e de todos os funcionários da unidade e cumprimentou os familiares pelo gesto de doação.

"Nós temos hoje a melhor equipe de trabalho. Eu só tenho a agradecer a todos pelo empenho, carinho e dedicação. O trabalho realizado pela equipe conseguiu este ano bater a marca, até o momento, de 75 órgãos captados. Mas a nossa missão também é acolher os familiares neste momento de dor, de perda. Às famílias que abraçaram o programa de doação o meu carinho pelo ato de garantir a sobrevivência de uma outra vida".

Bastante emocionados, familiares deram depoimentos sobre o processo de acolhimento após a morte do ente querido e do pedido de doação de órgãos pela equipe do CIHDOTT, liderada pelo médico Sandro Montezano, que após o cumprimento de todos os protocolos necessários na tentativa de dar sobrevida ao paciente com morte cerebral, a equipe entra em ação no processo de acolhimento e na possibilidade de doação. Este ano, a taxa de autorização familiar foi de 74,46% e a taxa de efetividade fechou em 48,9%. A equipe de captação garante que os bons resultados são consequência do processo de humanização dado aos pacientes e aos familiares.