Ação pelo Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Ação pelo Dia Nacional de Prevenção da Obesidade - Foto: Divulgação

Saúde
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Compartilhar conhecimento sobre vida saudável é o objetivo do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), que realiza um evento, nesta quinta-feira (10), para discutir o sobrepeso e suas complicações para a saúde – como diabetes, hipertensão e câncer. A atividade faz parte do Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, celebrado no dia 11 de outubro.

Estandes serão montados no estacionamento do IEDE, onde profissionais de saúde, nutricionistas e educadores físicos estarão à disposição do público para falar sobre alimentação saudável e atividades físicas. Os participantes também poderão mensurar a composição corporal por meio de balanças de bioimpedância, quemedema gordura corporala emassa muscular. O objetivo é alertar e conscientizar a população sobre os riscos da obesidade, que é uma doença.

"As consequências da obesidade são graves e provocam distúrbios metabólicos e cardiovasculares, além de alterações nos níveis de colesterol – os mais comuns nessa população", afirma a coordenadora do Serviço de Obesidade, Transtornos Alimentares e Metabologia do IEDE, LíviaCorrea. "Além de ter que lidar com questões relacionadas à saúde, quem sofre de obesidade também enfrenta desafios relacionados à 'gordofobia' de boa parte da sociedade e, muitas vezes, existem dificuldades dentro da própria família", explica.

Por isso, o tratamento no IEDE é multidisciplinar, sendo a primeira consulta com endocrinologista. A avaliação é feita com base no Índice de Massa Corporal (IMC), que é a divisão do peso pela altura ao quadrado: de 18,5 a 24,9 Kg/m² é considerado normal; de 25 a 29,9 Kg/m² já existe um sobrepeso; e igual ou maior que 30 Kg/m² entra no grupo dos obesos que pode variar em três graus (1, 2, e 3). Depois dessa avaliação, o paciente passa por um acompanhamento multidisciplinar.

Paciente emagreceu mais de 100kg

Em tratamento no IEDE há três anos, Gláucia Rocha dos Santos, 36 anos, chegou a pesar 330kg. "Quando engravidei, em 2007, estava com 90 quilos e, no término da gravidez, cheguei a pesar 282 quilos", afirma Glaucia. "O momento mais difícil pelo qual passei foi quando não andava mais e vivia em cima de uma cama", conta. Foi a partir deste momento que ela procurou ajuda profissional no IEDE. "Emagreci 100 quilos antes de fazer a cirurgia bariátrica".

Para alcançar a meta, que é atingir 80 quilos, Gláucia voltou a fazer exercícios. "Olho no espelho e sei exatamente o que está faltando perder. Continuo na dieta e acompanhada com psicólogo,psiquiátrico, e nutricionista – uma equipe extremamente atenciosa e que entende a minha dor".

Segundo maior fator de risco para a mortalidade prematura no mundo, a obesidade é uma doença crônica. Problema crescente no Brasil, o número de obesos no País chegou a 58% da população geral, sendo 33,5% em crianças de 5 a 9 anos e 17,1% em adolescentes. O excesso de peso atingiu 57,7% da população fluminense, de acordo com a pesquisa Vigitel 2018, do Ministério da Saúde.

 

IEDE é referência no tratamento de obesidade

Localizado no centro do Rio de Janeiro, o IEDE conta com equipe multidisciplinar com mais de 120 profissionais de saúde, entre endocrinologistas, psiquiatras, psicólogos, nutricionistas, educadores físicos e assistentes sociais que auxiliam os pacientes a entenderem os motivos de ganharem peso e o tratamento ideal para cada um. São oferecidos exames complementares, acompanhamento nutricional, orientação para exercícios físicos, terapia familiar e individual, e, em alguns casos, pode ser indicada a cirurgia bariátrica, que é realizada, na grande maioria dos casos, no Hospital Estadual Carlos Chagas, que conta com o Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, que realiza cerca de 500 cirurgias por ano.

De janeiro a julho deste ano, o IEDE teve uma média de mais 3,7 mil pacientes que buscaram atendimento ambulatorial nos serviços de endocrinologia. Além do serviço, o instituto também oferece tratamentos contra transtornos alimentares e metabologia; diabetes; e endocrinologia pediátrica. Distúrbios como anorexia nervosa, bulimia nervosa, compulsão alimentar, síndrome de Prader-Willi e também o acompanhamento antes e depois da cirurgia bariátrica fazem parte da rotina dos profissionais de saúde instituto.

A estrutura conta com 13 salas de atendimento, além de um banheiro adaptado e macas para atender às necessidades do grande obeso. O IEDE conta, ainda, com duas enfermarias para a internação em casos de anorexia e bulimia.