Mario Gobbi critica número de jogadores contratados pela atual gestão do Corinthians

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Em entrevista exclusiva ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Mário Gobbi, candidato à presidência do Corinthians, criticou o alto número de jogadores contratados pela atual gestão do clube e o trabalho do ex-diretor de futebol Duílio Monteiro Alves, que deixou o cargo para concorrer nas eleições marcadas para 28 de novembro.
“O primeiro cargo de diretor que o Duílio teve foi esse. Ele, como gestor, contratou 94 jogadores. 94. O sub-23 contratou 43 jogadores. O Duílio teve sete técnicos na gestão dele. No meu Corinthians, não admito quem faça isso. Aquilo é uma confraria, por isso não ganha nada. E por isso eu ganhei, porque eu levava a sério. E por que eu voltei? Para dizer ‘não’ no Parque São Jorge, tem que ser eu. E a próxima gestão é para dizer ‘não’. Isso que levou a formar uma frente de cardeais pedindo a minha volta”, declarou o candidato da chapa “Reconstrução Corinthiana”, que deixou claro ser candidato de oposição.
Presidente do Timão entre 2012 e 2015, Mário Gobbi deixou claro que, se for eleito novamente, os integrantes da comissão técnica que definirão as contratações.
“Tem que fazer duas contas: tem os 94 do profissional e 43 do sub-23. Se fosse eu, sairia algemado do Parque São Jorge, porque eu não sou amigo, não sou ‘parça’. Eu disse e vou repetir: quem escolhe jogador para contratar é a equipe técnica do Corinthians. Como que pode o Corinthians gastar milhões numa equipe técnica e o dirigente contratar quem ele quer? É o fim da picada do amadorismo. É como se fosse uma quitanda. Quem vai decidir o elenco é a equipe técnica”, explicou.
Perguntado sobre as principais diferenças em relação aos outros dois candidatos, Duílio e Augusto Melo, Gobbi destacou a seriedade com que trata o futebol.
“É muito grande (a diferença), é um vale enorme. Minha personalidade, minhas posições, eu sigo rigidamente as regras do profissionalismo do futebol, eu nunca contratei jogador sem a comissão técnica me pedir, eu não sou parceiro de jogador. Eu sou bem diferente. Cada um tem um mundo no futebol. O futebol para mim é coisa muito séria, eu não vivo de lazer no futebol, eu não sou ‘parça’ de ninguém. Mas eu sou leal ao grupo, visto a camisa junto. O jogador tem que cumprir as responsabilidades dele, e o clube tem que cumprir a parcela dele com os jogadores. As diferenças são grandes. Você ser diretor e ser ‘amiguinho’, o Corinthians perde com isso. Milhares de torcedores perderam muitos títulos porque a relação entre dirigente e funcionário hoje, no departamento de futebol, é piada de salão. Não tem comando, não tem gestão”, completou.