Futebol e respeito: a iniciativa do Vasco pelo fim da violência contra a mulher

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Neste domingo, dia 6 de dezembro, é celebrado o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. A data representa um importante avanço no Brasil na luta pela extinção dessa agressão e na busca pelo estabelecimento da igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade, inclusive no futebol, um esporte tradicionalmente machista.
Um clube que vem combatendo este problema nos últimos anos é o Vasco da Gama. Através da iniciativa de sua vice-presidente, Sonia Andrade, o time desenvolveu uma série de projetos voltados para a questão da violência contra a mulher e como ela se manifesta no esporte.
Uniforme do Vasco com o símbolo da campanha “Sinal Vermelho para a Violência Doméstica” (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)
Sonia ainda elaborou uma iniciativa de conscientização com as mulheres que trabalham internamente em São Januário (estádio do Vasco), possibilitando que elas se sentissem representadas e ganhassem segurança para frequentar as arquibancadas. Também desenvolveu projetos para torcidas organizadas com o apoio dos presidentes desses grupos, que normalmente são homens.
Como resultado, seu trabalho serviu de inspiração para a criação de uma diretoria social gerida por uma mulher em uma das torcidas contempladas, o que ilustra a importância de sua atitude e como esse problema pode ser combatido através do esporte.
“Nada melhor do que o futebol para levar essa mensagem, porque a gente mexe com a paixão. Uma vez vendo o clube encabeçar uma ação desse tipo, todas as pessoas apaixonadas vão repensar a questão da violência. Então a gente tem que usar o futebol para isso”, finaliza Sonia.
Reforçando o combate pelo Brasil
O problema da violência contra a mulher é, infelizmente, algo muito presente ao longo do território nacional. Neste cenário, Sonia colabora para que os projetos criados pelo clube sejam levados para outras regiões do país.
“Eu vou conversar sobre essas ações com a Secretaria da Mulher no dia 16 de dezembro, pois o órgão tem a pretensão de desenvolver as iniciativas do Vasco pelo Brasil inteiro”, explica a vice-presidente.
Dessa forma, a bela atitude de Sonia acaba ganhando o reconhecimento que merece por conta de sua incessante luta contra o preconceito e em defesa de uma sociedade mais igualitária. “É uma forma de dizer que valeu a pena, que conseguimos chamar a atenção e que isso será propagado em outros times. E é algo super positivo, porque o futebol pode mudar a realidade desse país”, completa.