Leco recorda gestão no São Paulo, diz que respeita críticas e projeta posse de Casares

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Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, está próximo de deixar a presidência do São Paulo. Neste sábado, dia 12 de dezembro, os conselheiros do clube escolherão o novo mandatário para os próximos três anos.
Em entrevista ao Blog do PVC, no site Globoesporte.com, Leco fez uma avaliação positiva de seu tempo à frente do Tricolor, que se extende desde 2015, quando ele assumiu o cargo após a renúncia de Carlos Miguel Aidar.
“Ao longo desses cinco anos, não tenho dúvida de que reestruturamos o São Paulo. Fizemos e aprovamos um novo Estatuto social, que é a Constituição do clube. Ele foi pensado para ser o arcabouço institucional da modernização do São Paulo pelas próximas décadas. O Estatuto estabeleceu um ambiente propício à profissionalização do clube, criou a figura do Conselho de Administração, que serve como contrapeso aos poderes do Presidente da diretoria, entre outras inovações. Além disso, recuperamos o crédito e trouxemos de volta patrocinadores que nos deram condições de investir e competir em alto nível outra vez”, afirmou.

“O desempenho de Cotia nos últimos anos foi excepcional. As categorias de base foram mais vitoriosas do que nunca nos últimos anos. E hoje vários de seus talentos estão fazendo a diferença no time principal. Há quanto tempo não víamos tantos jogadores oriundos da base como titulares do profissional?”, continuou Leco.

Apesar das realizações, o presidente diz que deixa o cargo sabendo que poderia ter feito mais. “Fizemos muita coisa, mas se você perguntar se estou satisfeito, a resposta só pode ser não, claro que não. A frustração do torcedor também é minha. A seca de títulos é incompatível com a grandeza do São Paulo. Mas acredito sinceramente que estamos no caminho certo e próximos de colher os frutos do trabalho que está sendo feito”, avaliou.

Sobre as atribuições negativas a respeito de seu mandato, Leco disse que tenta encará-las da melhor forma. “Convivo de forma civilizada com as críticas, mesmo quando elas doem ou me parecem injustas. Mas fui submetido a linchamentos em diversas ocasiões. Não acho que isso seja saudável nem democrático. Estamos vendo como a cultura do ódio pode ser perigosa para um país. Eu te pergunto se o jornalismo não está sendo influenciado mais do que deveria pela lógica das redes sociais. E se essa influência não se converte muitas vezes numa distorção, onde o bom senso e a seriedade são sacrificados”, comentou.

Depois do resultado da eleição de conselheiros do São Paulo, no dia 29 de novembro, o grupo liderada por Julio Casares conseguiu 74 cadeiras, contra 26 dos aliados de Roberto Natel, abrindo caminho para que o candidato da chapa Grafite assuma o cargo de presidente.

Leco vê em Natel, membro do conselho de administração em seu mandato, como uma figura preparada para o trabalho. “Da minha parte, colocarei a estrutura administrativa do São Paulo à disposição do eleito para que tenhamos uma transição tranquila, sem nenhum sobressalto. Até porque estamos no meio de dois campeonatos, disputando títulos”, ressaltou.