Ramiro reafirma que fugir do rebaixamento é objetivo do Corinthians, mas fala em “pensar grande”

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Em entrevista coletiva no início de novembro, o meia Ramiro declarou que o objetivo do Corinthians no Campeonato Brasileiro era fugir da zona de rebaixamento. Na ocasião, o Timão estava a cinco pontos da zona da degola e era o 11º colocado. Mais de um mês depois, o camisa 8 continua acreditando que a principal meta do clube é se afastar das últimas posições, mas afirmou, em entrevista exclusiva ao Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, que o Alvinegro pode começar a pensar em coisas maiores.
“No momento em que dei aquele entrevista, estávamos bem próximos da zona de rebaixamento e falei que nosso objetivo era fugir dela. Hoje já estamos em uma posição mais confortável na tabela, mas em momento algum podemos relaxar. Como eu falei, nosso primeiro objetivo é se afastar para o mais longe possível da zona de rebaixamento, e acho que estamos conseguindo fazer isso”, disse Ramiro.
“Hoje estamos a oito pontos da zona. Então nosso principal objetivo ainda está em andamento, não nos livramos de vez desse fantasma. Mas a gente já pode sim começar a pensar grande, quem sabe beliscar uma Pré-Libertadores. É passo a passo, a gente tem encarado cada jogo do Brasileiro como se fosse uma decisão, não temos outra competição até o final da temporada”, completou.
No último domingo, Ramiro foi titular na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, líder do Brasileirão. Com 33 pontos em 25 rodadas, o Timão está em 10º lugar na competição. Para o meia, o triunfo no clássico vai servir de motivação extra para o restante da temporada.
“Sem dúvida (dá moral), por ser uma vitória num clássico, na situação que a gente se encontrava na tabela, pelo nosso adversário, que continua em primeiro. Era um desafio muito grande para nós, um jogo extremamente importante para nossa sequência na competição. Sem dúvida nenhuma, aquela vitória foi um combustível extra para nossa sequência na temporada e no Brasileiro”, destacou.
Durante o ano de 2020, o Corinthians passou por uma crise de identidade. Após a passagem do técnico Tiago Nunes, contratado para deixar o time com um “DNA mais ofensivo”, o Alvinegro alterna entre a postura mais reativa e mais incisiva durante os jogos. Para Ramiro, a postura depende das circunstâncias do adversário.
“A gente já teve, dentro dessa temporada, diversas identidades e formas de jogar. O Corinthians, nós últimos anos, criou uma forma mais reativa de jogo que deu certo em diversas vezes e errado em outras, como qualquer outro estilo. Pelo momento que a gente vem tendo dentro da competição, de reafirmação e ascensão, sabemos que as coisas não fluem naturalmente, até mesmo antes, quando estávamos em uma posição mais abaixo na tabela, correndo risco de entrar na zona de rebaixamento. Há uma certa dificuldade, uma pressão interna de cada um para fazer as coisas darem certo tanto no dia-a-dia quanto nos jogos. Você ir a campo sabendo que precisa muito da vitória para sair daquela zona de desconforto é uma situação bem diferente, foi a primeira vez que enfrentei isso”, relatou.
“Mas a gente aprende muito na dificuldade, estamos crescendo como equipe. Jogar de forma ativa ou reativa é de acordo com a circunstância da partida e do adversário. Em determinados momentos dentro de uma partida conseguimos exercer mais de uma forma de jogo, de uma formação, com os jogadores que temos. No momento que estamos vivendo, de ascensão, prezamos muito pela vitória. Se for de uma forma mais reativa, não tem problema nenhum, todo mundo está disposto a se entregar pelo clube”, complementou.
Por fim, Ramiro falou sobre o companheiro Luan. Pelo Grêmio, os dois conquistaram uma Copa do Brasil de 2016, a Libertadores de 2017 e o Campeonato Gaúcho de 2018 juntos. No Corinthians, no entanto, o atacante ainda não mostrou o futebol que o colocou em evidência no Tricolor. Mesmo assim, o meia acredita que o camisa 7 dará a volta por cima.
“É um atleta que eu conheço a bastante tempo já, vivi momentos ruis e bons ao lado dele, tanto individualmente como coletivamente. Espero que ele consiga ter boas atuações, voltar a ter o protagonismo que ele teve em outros anos, que consiga isso aqui no Corinthians. A gente tem ajudado ele ao máximo, ele também tem procurado evoluir cada vez mais”, concluiu.