Perto do Santos, Holan deve chegar com comissão técnica pequena e sem multa

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O Santos está bem perto de fechar a contratação de Ariel Holan para substituir Cuca. E o argentino deve chegar com uma comissão técnica pequena e sem multa rescisória.
A tendência é que Holan trabalhe com o auxiliar Juan Esparis e o preparador físico Facundo Peralta. O treinador levou o preparador de goleiros Juan José Fariello à Universidad Católica (CHI), mas o responsável pela função no Peixe é Arzul, uma unanimidade. Dessa forma, apenas dois podem vir além do comandante.
A comissão técnica de Ariel Holan custará cerca de R$ 100 mil a mais que Cuca e sua equipe (R$ 470 mil). E o contrato não deve ter multa rescisória. O Alvinegro sofre com pagamentos de treinadores antigos.
Um dos detalhes finais para a chegada de Holan é o tempo de contrato: dois ou três anos. De qualquer forma, o Santos vê o profissional capaz de ficar até o fim da atual gestão, em dezembro de 2023. A multa para rescindir com a Católica é de 110 mil dólares (R$ 595 mil).
Ariel Holan estava no topo da lista do Peixe desde o início da procura por um técnico, há duas semanas. A pedida inicial foi alta. Na sequência, o clube conseguiu um “desconto” e passou a avançar na negociação.
O Santos analisou outras opções, como Hernán Crespo, Tiago Nunes e Beccacece. No caso de Crespo, o salário de mais de R$ 1 milhão inviabilizou qualquer papo e ele foi para o São Paulo. Com Nunes e Beccacece, a preocupação foi a mesma: o relacionamento com o elenco. Ambos têm histórico de problemas com atletas e colegas.
Com Holan, o Peixe fica satisfeito por aliar projeto de futebol e bom convívio. Sair de Cuca, adorado pelos jogadores, para Tiago Nunes ou Beccacece poderia significar uma ruptura no dia a dia do CT Rei Pelé.
Holan tem 60 anos e foi aprovado pelo departamento de futebol e pela análise de desempenho. O argentino começou no Defensa y Justicia em 2015 e passou por Independiente e Universidad Católica. Antes, foi auxiliar e desempenho e técnico de hóquei sobre a grama.

Votação

O Comitê de Gestão delibera sobre Ariel Holan há alguns dias. Mais do que maioria simples para a aprovação, o presidente Andres Rueda busca um consenso.
Quem é a favor ou contra a chegada de Holan expõe seus argumentos em grupo no Whatsapp. Nas últimas horas, o nome do técnico ganhou força. E a contratação parece ser apenas questão de tempo.
A chegada de um treinador tarimbado dividiu opiniões. Para alguns, o comandante é o único reforço possível neste momento e demanda investimento. Para outros, é momento de economizar e diminuir a folha da comissão técnica. O primeiro pensamento deve “vencer”.
O martelo deve ser batido entre quinta e sexta-feira. Com o aval do CG, a diretoria formalizará a proposta e o contrato para Ariel Holan. Poucas cláusulas não foram costuradas com o estafe do argentino. Os envolvidos nas tratativas não enxergam qualquer motivo para reviravolta.

Cuca

O Santos está perto de fechar com Holan, mas quer Cuca pelo menos até a partida contra o Fluminense no domingo, na Vila Belmiro, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Cuca gostaria de fazer a transição para Holan e ir descansar com sua família no sítio em Curitiba, mas o Peixe quer seu atual técnico nessa decisão. Se derrotar o Flu, o Alvinegro garante a vaga na Pré-Libertadores e pode liberá-lo antes do Bahia em Salvador, quando o auxiliar Marcelo Fernandes teria chance de trabalhar.
O Santos, inclusive, quer a saída de Cuca pela porta da frente. A diretoria é grata ao treinador e prepara uma despedida digna para repercutir em suas redes sociais. Para tê-lo até o fim de semana, o Peixe pode deixar a confirmação de Ariel Holan só para segunda-feira.

Holan curioso

Enquanto deixa a questão financeira e contratual para seus representantes, Ariel Holan busca informações sobre o Santos. Ele falou com colegas de profissão e perguntou ao Peixe sobre questões específicas, como quantidade de campos e uso da tecnologia no departamento de análise de desempenho.
Holan tem vontade antiga de trabalhar no Brasil e vê o Santos como ótima porta de entrada por sua história, presença de jogadores de destaque como Marinho e Soteldo e a predisposição a revelar jovens da base.
Ariel Holan está disposto a trabalhar com a realidade do Santos, de não contratar e correr o risco de perder outros atletas. Os reforços podem chegar só no segundo semestre.