Torcida pressiona, mas contratos longos dificultam reformulação no Corinthians

Esportes
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
A má fase em campo muitas vezes leva a uma impaciência do torcedor que foge da realidade. No Corinthians, não é diferente.
Diariamente e, principalmente, após frustrações em campo é possível perceber nas redes sociais uma enxurrada de pedidos por reformulação do elenco e até dispensa imediata de alguns jogadores.
Mas, na prática, não é bem assim que funciona. Obrigações firmadas em contrato impedem o clube de, simplesmente, mandar embora aquele que não estiver agradando.
É importante entender que, antes de qualquer coisa, a vontade do atleta também é primordial para que uma transferência aconteça.
Portanto, buscar clubes interessados, convencer o jogador, resolver a questão salarial, tudo isso faz parte de um processo que envolve dirigentes, comissões técnicas, atletas e empresários.
No Timão, por exemplo, depois que Jonathan Cafú foi contratado, a equipe já fez 18 jogos. O atacante participou de três deles e foi relacionado para apenas quatro partidas. Mesmo assim, seu vínculo tem prazo até dezembro de 2023.
Éderson é outro que está sem moral com Vagner Mancini. Dos 21 jogos que o técnico comandou o alvinegro no Campeonato Brasileiro, o volante foi convocado para apenas 10 e entrou em campo só sete vezes. O contrato do clube com Éderson, porém, vai até 31 de janeiro de 2025.
Mateus Davó, utilizado em quatro duelos e relacionado só oito vezes, tem vínculo com o Corinthians por mais três temporadas.
Everaldo tem contrato até junho de 2023 e Léo Natel está ligado do Corinthians até dezembro de 2024.
Ao clube cabe tentar não depreciar seu patrimônio, encontrar uma maneira de fazer o jogador reagir dentro do próprio time ou então buscar um bom negócio no mercado. Tarefas nada fáceis em meio a uma má fase individual, coletiva e com o cenário econômico em dificuldade.
A situação mais preocupante talvez envolva Luan. O Corinthians investiu aproximadamente R$ 23 milhões em 50% dos direitos econômicos do meio-campista, que tem vínculo com a equipe paulista até dezembro de 2023.
O elenco do Corinthians virou o ano com 36 jogadores e mais 19 emprestados, além de André Luis, que voltou após uma venda não consumada. Pouco a pouco, a cúpula de futebol vai firmando novos acordos, como já aconteceu com Sornoza, Rafael Bilu, Caetano e Thiaguinho.
É preciso também abrir espaço para promessas que estão se destacando nas categorias de base. Ou seja, há muito trabalho a se fazer nesse sentido, mesmo que não haja grandes contratações. Mas, uma coisa é certa, reformular o elenco não é tão simples quanto muitos torcedores imaginam que seja.