Buscando se livrar de uma dívida quase bilionária, o Corinthians firmou uma pareceria com a Falconi, empresa de consultoria financeira. E essa não é a primeira vez que a companha aceita o desafio de ajudar um clube brasileiro a se esquivar de contas negativas.
“Temos experiência com outros clubes de futebol, clubes grandes. E com todos eles nós alcançamos resultados extremamente relevantes, e tenho certeza que aqui não vai ser diferente”, disse André Paranhos, sócio da corporação.
No final de 2019, o Cruzeiro anunciou um acordo com a Falconi. Na época, a equipe celeste havia acabado de ser rebaixada à Série B do Campeonato Brasileiro e somava um déficit financeiro de aproximadamente R$ 800 milhões. Quase um ano depois, a Raposa anunciou que conseguiu reduzir mais de R$ 200 milhões de dívidas.
Meses mais tarde, em junho de 2020, quem contratou a empresa foi o Atlético-MG. O Galo tinha um débito global de R$ 746 milhões, sendo que R$ 230 milhões eram de ordem tributária, alinhada à adesão do Profut (Programa de Modernização do Futebol). Em dezembro, o Alvinegro fez um acordo para parcelar R$ 42 mi de dívida e, com isso, deixou de ter o CNPJ inscrito na Dívida Ativa com a União e também no FGTS. Além disso, foram pagos R$ 34,5 mi em déficits na Fifa.
No Corinthians, o objetivo da Falconi é ajudar o clube a lidar com as dívidas, que superam R$ 900 milhões, e a reduzir as receitas na pandemia.
“A análise da Falconi é sempre técnica. Não é uma redução de custos de maneira aleatória. A gente conhece nosso clube, mas estamos trazendo a Falconi para conseguir enxergar o todo, e com a experiência dela de análise trazer oportunidades de reduções de custos. Pode passar por um corte de pessoas? Eventualmente sim, mas não é o propósito”, analisou Wesley Melo, diretor financeiro do Timão.
