Inspirado por Tolima, presidente de rival do Corinthians avisa: “Não temos medo”

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Pela segunda fase da Copa do Brasil, Retrô, de Pernambuco, e Corinthians se enfrentam nesta sexta-feira, às 21h30 (de Brasília), no estádio Elcyr Resende, em Saquarema, no Rio de Janeiro. Mesmo sendo o “azarão” do confronto, a equipe nordestina deve ir para cima do Timão.
É o que promete Laércio Guerra, presidente do Retrô. Em entrevista exclusiva ao Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, o empresário garantiu que a equipe pernambucana não teme o Alvinegro e ainda disse que se inspira no Tolima, clube colombiano que eliminou o time paulista da Pré-Libertadores de 2011.
“A gente tem o maior respeito pelo Corinthians, mas não temos medo. Imagina se a gente tirar o Corinthians da Copa do Brasil, vai ser como o Tolima, mas de dentro do país. Eu vou ficar falando disso o tempo todo, vão ter que me engolir durante um bocado de tempo”, disse de forma bem-humorada.
“Se ganhar do Corinthians com um time de jovens, amanhã a gente vira matéria nacional. O Corinthians é um negócio fenomenal, eu nunca recebi tanta ligação como de ontem para hoje”, complementou.
Fundado em 2016 por Laércio, o Retrô está localizado em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, e aposta na formação de atletas. Para isso, construiu um centro de treinamento de fazer inveja a alguns tradicionais times do cenário nacional. Estreante na Copa do Brasil, a equipe vai disputar a Série D do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em 2021.
“O investimentos que fizemos foi alto, é um projeto em que a gente sonha em ser grande. Já começamos esse projeto. Temos uma folha modesta, mas com jogadores da região que têm tido um acompanhamento de um clube de Série A em termos de estrutura. Nem levamos muito em consideração essa coisa do ganha ou não. O Retrô tem uma folha salarial perto de R$ 300 mil, mas vai jogar, porque tem em seu DNA e na sua estrutura times que sempre jogam para frente”, destacou Laércio.
O presidente ainda exaltou o estilo ofensivo do clube. Para o mandatário, ter uma postura para frente é uma obrigação para os treinadores. Enquanto a forma de jogar é prioridade, o resultado fica em segundo plano.
“Diferente do Corinthians, que tem feito times que jogam defensivamente, o Retrô tem a característica de jogar em linha alta, tem jogadores leves e ofensivos. Vocês vão ver nossa dupla de zaga, não são muito altos, mas rápidos. Os laterais também. Eu digo sempre, a gente tem tudo para fazer um grande jogo. Pode ganhar de um, dois ou três e pode levar quatro cinco gols. O que a gente não vai fazer é se defender. Eu gosto do futebol para frente. Perca jogando bem, mas não ganhe jogando mal, minha teoria aqui no clube sempre foi essa. Hoje, com certeza vamos fazer um jogo para cima do Corinthians, vamos ver no que vai dar”, afirmou.
Laércio Guerra, no entanto, não opina no trabalho do técnico Nilson Corrêa. O dirigente exige um time ofensivo, mas não dá pitacos sobre escalação.
“Nós temos aqui nove pilares, uma cartilha mesmo, de valores. O projeto do Retrô, antes de existir toda essa estrutura que vocês estão vendo, foi transcrito. O jogador ou treinador que vem para o Retrô passa por um processo seletivo. A gente procura técnicos em que percebemos características parecidas com as do clube. Por ser um clube-empresa, ele tem princípios e métodos. Eu administro o Retrô como administro minhas empresas. Não faço nenhuma intervenção, até porque se eu quisesse ser treinador, eu seria, não contrataria ninguém e sentaria no banco. Não tenho esse desejo”, revelou.
“Como clube formador, que vende jogadores, a gente precisa que o treinador e os atletas entendam a filosofia. Se não entender, nem vem para cá. O Nilson (Corrêa) foi contratado porque a gente já observava ele já de algum tempo, ele tem a característica ofensiva. Apesar de estar envolvido com o clube, a gente não se mete em escalação, mas temos planejamento e cobramos metas”, concluiu.