Balanço mostra que Jô, apesar de livre no mercado, não voltou de graça ao Corinthians

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Jô foi anunciado como reforço do Corinthians em junho de 2020. O centroavante acertou seu retorno ao Timão depois de ter o contrato com o Nagoya Grampus rescindido.
Com o jogador livre no mercado, o Corinthians enxergou a oportunidade de concretizar o negócio sem a necessidade de arcar com multa rescisória ou qualquer compensação financeira ao clube japonês.
Mas, Jô não voltou ao time de Itaquera de graça, como muitos imaginavam.
O balanço financeiro corintiano referente ao ano passado, divulgado na madrugada desse sábado, mostra que o Corinthians se comprometeu a pagar R$ 2,3 milhões ao firmar vínculo com o atleta até o fim de 2023.
O clube iniciou 2021 tendo amortizado apenas R$ 280 mil dessa dívida. Portanto, ainda falta acertar R$ 2.020 milhões.
Dívida passada
Além do custo assumido na última operação envolvendo Jô, o Corinthians deve valores ao jogador relacionados a passagens anteriores.
A revelação do acordo costurado na assinatura do contrato foi feita por Matias Ávila, diretor financeiro do Corinthians à época, durante entrevista à Fox Sports.
“Tínhamos um compromisso passado com o Jô que renegociamos para pagar durante o contrato dele” (…) “Não é por isso que o contrato é de três anos e meio. Mas, durante um tempo, nós vamos pagar o salário e parte da dívida que tínhamos com o Jô, a partir de janeiro (de 2021)”.
Condenação na Fifa
Em novembro, quatro meses após a chegada de Jô, o Corinthians se viu condenado pela Fifa a pagar 3,4 milhões de dólares (R$ 19,5 milhões na cotação desse sábado) ao Nagoya Grampus.
O vínculo de Jô com os japoneses iria até janeiro de 2021 e foi quebrado em junho de 2020. À época, o Nagoya confirmou a rescisão e admitiu que teve a iniciativa.
Os japoneses, no entanto, se irritaram com o fato de Jô não ter ido mais aos treinos a partir de janeiro de 2020. O atleta, por outro lado, se defende e lembra que o campeonato estava suspenso e os jogadores liberados devido ao coronavírus. Jô decidiu voltar ao Brasil quando soube que a fronteira seria fechada e também para não ter o tratamento de uma lesão interrompido.
O grande trunfo corintiano nessa história é o fato de Jô ter assinado contrato após a rescisão com o Nagoya. Ou seja, o atacante estava, de fato, livre no mercado.
Na Corte Arbitral do Esporte (CAS), o clube paulista espera ser desvinculado de qualquer decisão.
Em dezembro de 2017, os o Nagoya tirou Jô do Corinthians por 11 milhões de euros (R$ 43 milhões, na ocasião).
Em campo
Na atual temporada, Jô fez cinco jogos, quatro deles como titular, e marcou um gol, em rebote de uma cobrança de pênalti.
Em 2020, ele participou de 34 jogos e anotou oito gols.
A fase não é boa e a dificuldade para readquirir o melhor condicionamento físico aos 34 anos tem sido o grande obstáculo para a cria do Terrão, que com a camisa alvinegra conquistou dois Brasileiros (2005 e 2017) e dois Paulistas (2003 e 2017). Em 219 partidas pelo Corinthians, Jô soma 52 gols.