Casares esclarece dívidas do São Paulo e ressalta procura por patrocinador máster

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Julio Caseres completou 100 dias como presidente do São Paulo neste mês. E uma das principais missões do novo mandatário é quitar as dívidas do Tricolor, boa parte deixada pela antiga gestão, do ex-mandatário Leco. Nesta sexta-feira, Casares esclareceu como andam as pendências econômicas do clube e afirmou que muitos acordos já estão sendo feitos para tentar aliviar os cofres são-paulinos.
“Nós assumimos com dificuldades financeiras estabelecidas, com o orçamento já determinado para esse ano. As dificuldades financeiras estão dentro do nosso plano de realinhamento. Nós aliamos e pagamos parte já do acordo com o Athletico-PR, com o Tigres, que era um processo também que tinha chegado até a Fifa, com o Querétaro, que foi uma aquisição de um atleta e já estamos acordados já que estamos pagando. Quitamos nossa dívida com o Orlando City e temos ainda uma pendência com Dínamo de Kiev, que é um processo que está na Fifa, mas estamos dialogando e certamente resolveremos essa questão também. Sem prejuízo de acordo com agentes ou fornecedores, estão todos negociados e conversados”, comentou em coletiva.
“O que nós assumimos de dívidas é uma realidade, principalmente dívidas a curtíssimo prazo, algumas na Fifa, e isso nos preocupa. Então, o São Paulo teve que se ordenar, olhando a questão do campo, mas trabalhando fora de forma técnica. Nós começamos a traçar um realinhamento dessa dívida conversando com os credores. Tiramos a pressão do curtíssimo prazo e escalonamento algumas que estamos até por uma condição emergencial e claro, trabalhamos com crédito importante das instituições financeiras e seguramos os custos. Logo no primeiro primeiro trimestre nós acertamos uma diminuição de custo de 10% das nossas despesas. As dívidas do São Paulo serão pagas, só que serão pagas dentro de uma condição de orçamento. Se amanhã eu tiver uma receita que extrapole o meu cotidiano ou meu passado recente, eu Vou estabelecer um novo entendimento, para que esse esse esse essa pendência seja resolvido até mesmo do que imaginamos.”, completou.
Recentemente, o São Paulo divulgou em seu balanço financeiro que a dívida bruta do clube é de R$ 672,9 milhões. Dentro deste valor, R$ 63, 3 milhões são decorrentes de pendência com entidades esportivas e terceiros em 2020. Os principais débitos são com o Dínamo de Kiev (R$ 22,5 mi), pela compra de Tchê Tchê, atualmente emprestado ao Atlético-MG, com o Querétaro (R$ 10,5 mi), pela aquisição de Tiago Volpi, com o Athletico-PR (R$ 9,8 mi), pela negociação de Pablo.
Além disso, também há um déficit com os jogadores. Apenas para o Daniel Alves, o Tricolor deve R$ 9,3 milhões, além de R$ 4,4 milhões ao Juanfran, que já deixou a equipe. Dessa forma, Casares afirmou que entrou em um acordo com o elenco para que esses valores sejam quitados em breve.
“Houve uma conversa com os atletas e eles sentiram a transparência. Nós temos uma dívida de um acordo passado que a antiga gestão fez em razão da pandemia sobre o direito de imagem dos atletas. De Janeiro para cá, está tudo em dias (CLT e imagem). Esse atrasado, nós fizemos a seguinte proposta: Nós abrimos para os atletas para que eles sejam nossos sócios em futuras receitas. Então, quando voltar bilheteria, um percentual vai para esse bolsão passado de pendência, quando firmamos um contrato com novos patrocínios, um percentual x também vai para esse bolsão, quando vendemos um jogador para o exterior ou tivermos o benefício da solidariedade, esse percentual também vai para os atletas. Eles gostaram”, disse.
Por fim, o presidente também comentou sobre a procura por um patrocínio máster. Segundo ele, a diretoria está realizando diversas reuniões com empresas interessadas, mas ainda não chegou a um acordo com nenhuma.
“É importante estarmos no mercado para ter um patrocínio. Tiramos todas as marcas numa atitude corajosa para valorizar a nossa camisa e as nossas propriedades, e estamos negociando. Muitas reuniões estão acontecendo para que isso aconteça”, destacou.
“Vamos aguardar um patrocínio para valorizar a marca, porque quando você tem uma camisa com várias marcas com preços bem menores do que vale a sua marca, para você valorizar você tem que fazer zerar e recomeçar grandes negociações. No paralelo uma engenharia financeira também atuando para que o time se tornasse competitivo. Isso foi feito”, finalizou.
O São Paulo está sem patrocinador máster desde o final de fevereiro, quando o Banco Inter, antigo parceiro do time, encerrou o acordo com o clube devido a divergências nos valores.