Rápida ascensão de crias da base obriga São Paulo a rever contratos

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O São Paulo adotou há alguns anos a cultura de dar oportunidade aos jovens revelados em Cotia ao invés de ir ao mercado para suprir carências do elenco profissional. Essa filosofia se tornou uma carta na manga para o clube se manter competitivo em tempos de crise financeira, mas agora o Tricolor se vê obrigado a valorizar os atletas por sua rápida ascensão no time de cima.
Em abril deste ano, após uma longa negociação, que se arrastava desde a gestão de Leco, o São Paulo renovou contrato com Rodrigo Nestor até 31 de dezembro de 2024. O vínculo de até então era válido apenas até 30 de novembro deste ano, o que abria a possibilidade de o volante assinar um pré-contrato com qualquer outro clube em maio.
Nesta sexta-feira foi a vez de o São Paulo renovar com Welington também até 31 de dezembro de 2024. Visando se proteger do assédio de clubes estrangeiros, o Tricolor aproveita a valorização dada às crias de Cotia para estabelecer uma multa rescisória alta e obrigar potenciais compradores a desembolsarem boas quantias caso queiram contratar jovens formados em Cotia.
Vale lembrar que a gestão de Julio Casares já havia renovado com Luan em março deste ano até 31 de dezembro de 2023. O vínculo antigo era válido até 21 de dezembro de 2022. O acordo ocorreu após o volante chegar a ficar de fora de um jogo da equipe no início da temporada por ter recebido sondagem de clubes estrangeiros. No fim, ele permaneceu no Morumbi e acabou premiado com um gol no jogo decisivo da final do Paulistão.
Ainda com Raí na diretoria de futebol, o São Paulo também renovou com Gabriel Sara, atleta que, assim como Luan, vem sendo titular absoluto com Hernán Crespo. Desta forma, todas as promessas de Cotia têm vínculos longos com o clube e custarão caro aos possíveis interessados.